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Fabiano Pereira, otimista com o PSB, se entende um 'construtor partidário'


Foto: Pedro Piegas (Diário)

Desde meados de 2015, Fabiano Pereira, que havia construído trajetória no PT, deixou a agremiação e passou a comandar o PSB em Santa Maria e na região. Desde então, concorreu (e não logrou eleger-se) a deputado e a vice-prefeito. É líder inconteste de seu partido e, aqui, aponta o que foi feito e o que ainda poderá acontecer. Confira:

Claudemir Pereira - Seis anos após assumir o PSB, como se sente no partido que lidera?

Fabiano Pereira - Sinto que sou um construtor partidário, coletivo e que acredita no futuro. Avançamos muito. Temos atualmente, na região, 14 vereadores. Entre eles, o vice-prefeito de Tupanciretã, Marcio Dias, o prefeito em Itaara, Padre Silvio Weber (que acaba sendo liderança regional), em uma prefeitura que reverbera, além de todos os nossos parlamentares eleitos nas Câmaras. Em Santa Maria, construímos bancada pela primeira vez. Há quatro anos, elegemos um vereador e, agora, dobramos e garantimos essa importante vaga no parlamento. Ao final, sinto-me com o dever cumprido, trabalhando lado a lado e vendo o partido crescer e avançar, com seriedade e transparência.

CP - É candidato a deputado estadual em 2022? Após reduções na votação nos últimos pleitos, qual a estratégia para mudar esse cenário e dar a primeira vaga ao PSB local?

Pereira - Em 2018, tínhamos ideia de não concorrer. Três motivos foram fundamentais para mudar o cenário em 2020. Primeiramente, a pandemia. Ao me deparar com o cenário, como gestor e conhecedor da saúde, não poderia me omitir em um momento em que o debate estava sendo construído. Em segundo, construímos coletivamente um propósito em que não iríamos para "cabeça de chapa", mas que a estratégia central era fazer partido. Montamos excelente nominata com 29 candidatos, que, juntos, fizeram grande votação, chegando a aproximadamente 10 mil votos, elegendo dois vereadores.

Dando continuidade ao planejamento, depois com esta unidade, prepararemos um candidato para concorrer a deputado estadual e com mandato para disputar a prefeitura em 2024. Este foi um plano coletivo, construído com os membros socialistas e com a comunidade que sempre esteve presente apoiando nossas decisões.

CP - Gostaria de acrescentar algo?

Pereira - São seis anos em um partido que me acolheu, me ofereceu a oportunidade de aprender e pôr em prática minhas experiências. Sou, acima de tudo, um gestor. Trilhei um caminho incansável em Santa Maria, tenho projetos realizados e sonhos conquistados. Como secretário de Saúde, deputado, vereador e secretário estadual de Obras e de Justiça, tive a oportunidade de estar perto das pessoas, ouvi-las e isso não tem preço. Quando olho para o futuro, vejo no PSB um partido de oportunidades e com protagonismo para mostrar a verdadeira face de Santa Maria. Como disse no início, sinto muito orgulho em ser um construtor partidário.

O destino de Pozzobom é mesmo cumprir todo mandato de prefeito

Entorno de Jorge Pozzobom, adoraria que ele fosse candidato a vice-governador, numa chapa que envolvesse o MDB como cabeça de chapa. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso afastar um punhado de "ses". O primeiro deles é exatamente "se" acontecer a tal aliança, que parece estar muito mais na cabeça de tucanos e de alguns importantes emedebistas. Falta combinar com a base, especialmente do MDB. Um outro "se" é a aceitação de Pozzobom como o nome tucano. Até pode, mas...

Dito isto, e independentemente da vitória ou não de Eduardo Leite nas prévias presidenciais do PSDB (em caso de derrota, ele concorre mesmo ao Senado), o futuro de Jorge Pozzobom é a candidatura a deputado estadual ou federal, mas em 2026, dois anos depois de terminar seu mandato de prefeito municipal.

A candidatura a deputado (federal, que é o desejo pessoal antigo de Pozzobom) é um risco muito grande para quem terá de renunciar ao mandato para concorrer.

Segundo opinião de importante observador tucano do cenário eleitoral do próximo ano, o partido muito dificilmente elegerá três deputados federais. Para que isso aconteça, só se Nelson Marchezan Júnior, que concorre, "estourar a fita" e ajudar a levar mais um. Do contrário, serão dois: ele próprio e um dos dois atuais, o hamburguês Lucas Redecker, que fez 114.346 votos em 2018, ou o pelotense Daniel Trzeciack (o Daniel da TV), que conquistou 74.789 votos há três anos. Há quem diga que ele ampliará em muito seus votos na Zona Sul e ombreará com Redecker a disputa, sendo o terceiro, na pior das hipóteses.

Por essas e outras, não obstante o dinamismo da política, e a menos que parta para uma aventura, Jorge Pozzobom vai, mesmo, é cumprir o mandato de prefeito até o final. Que é, aliás, para o que foi eleito.

O estrategista da Reitoria e a posição de Paulo Ricardo

O CARA - Primeiro, avaliou quantos votos teria (entre os 124 disponíveis) Rogério Koff. Digamos, entre 20 e 25 (teve 17, no final). Depois, determinar que os outros 100 a 105 fossem divididos entre, pela ordem, Luciano Schuch, Martha Adaime e Cristina Nogueira, sendo que esta última teria de fazer, no mínimo, 26 para garantir o trio na lista. Vamos combinar, esse estrategista (e equipe) é "o cara".

ENTÃO, TÁ! - Paulo Ricardo Pedroso, do PSB, discorda do que aqui se escreveu, semana passada. Não será candidato a deputado federal, ao contrário do que a página sugeriu ser possível. Diz nota enviada à coluna que, "respeitando a trajetória e a história de Fabiano Pereira", e realçando a existência de duas outras lideranças (os dois edis), "coloquei meu nome a disposição, após pedidos das minhas bases e diversas lideranças que vêm ao meu encontro pedindo nosso nome para concorrer a deputado estadual". Então...

LUNETA

JABUTI

Dizem que ele não sobe em árvores. De maneira que, se o bichinho está lá, é porque alguém o colocou. O fato é que, no caso santa-mariense, e no jargão político, um jabuti foi colocado no projeto de origem executiva que muda o Plano Diretor, com o objetivo de permitir a implantação de um Conjunto Residencial Vertical destinado a ser uma Vila Militar a ser instalada no Bairro Caturrita.

JABUTI 2

Mas, afinal, que animalzinho é esse, incorporado ao projeto, aliás contrapartida santa-mariense à vinda da Escola de Sargentos? Na verdade, é uma emenda que amplia o território inicial, de maneira a permitir um punhado de outras construções, inclusive em áreas que seriam de preservação permanente. Como será resolvido? Ora, basta tomar o jabutizinho no colo e colocá-lo de novo no solo.

VICE-REITORA

Se sair conforme o combinado, e o desejo da pesquisa feita há coisa de um mês na UFSM, referendado pelos conselheiros da instituição e confirmado pelo presidente da República, Luciano Schuch será o próximo reitor. Nesse caso, dando tudo certinho, ele nomeará Martha Bohrer Adaime como vice-reitora e, provavelmente, Cristina Wayne Nogueira ocupará cargo no próximo primeiro escalão.

E O PARTIDO?

Ninguém vê o vice-prefeito Rodrigo Decimo militando no PSL, ao qual (ainda) está filiado. Nem faria sentido, já que o comando do partido está nas mãos da oposição, com o presidente Jader Maretoli e o vice, vereador Tony Oliveira. Aí a pergunta: se tudo sair como os estrategistas políticos do governo projetam, que agremiação ele terá, quando concorrer à prefeitura, em 2024? Palpite? Não será o PSL, mas o PSDB.

PARA FECHAR!

Se não há preocupação, deveria haver, no lado destro da política gaúcha. Mantido o cenário atual, são grandes as chances de estarem disputando o mesmo mercado eleitoral em 2022 os candidatos ao Piratini Luiz Carlos Heinze (PP) e Onyx Lorenzoni (DEM). O primeiro é senador, o segundo virou titular de ministério (do Trabalho) pra lá de anabolizado. Enfim, o voto bolsonarista se dividirá no próximo ano.

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