A opção Giuseppe Riesgo e o debate eleitoral na Direita local

Foram dois atos aparentemente desconectados. Só na aparência. Confira com o escriba.
Primeiro. Na semana passada, esteve em Santa Maria (para a celebração dos 120 anos do Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo) o deputado federal Pedro Westphalen, um dos figurões estaduais do Progressistas (PP).


A coluna apurou que, a par de uma conversa ao pé da escada no Clube Recreativo Dores, com seu assessor, o recém-convertido pepista e ex-vereador do PT Luiz Carlos Fort, e a dirigente Sandra Rebelato, o dignatário deu seu recado.Que é, resumidamente, não abdicar do protagonismo e estar na cabeça de chapa à prefeitura. Mais: no momento a tarefa é avaliar todos os cenários alinhados no espectro da Direita e não descuidar das origens partidárias. Enfim, disse também que é preciso conversar com aliados de longa data, sem descuidar de eventuais novas parcerias.


Vamos convir: essa é a única brecha dada a, por exemplo, Giuseppe Riesgo, do Novo, e que conta aliar-se ao PP. Mas foi só. Westphalen deixou claro que os graúdos não admitem uma posição de coadjuvância. Logo...


Segundo ato. No meio desta semana, o líder novista na cidade se manifestou. A par da informação de que cogita deixar Brasília, onde assessora o deputado Marcel Van Hatten, e virar o ano com sua base em Santa Maria, Riesgo deixa mais uma vez clara a intenção de concorrer a prefeito.

Não fala em ser vice e coloca a possibilidade de uso de recursos do fundo eleitoral na campanha, nas cidades em que o partido estiver concorrendo à prefeitura. Ou seja, nas palavras dele, haverá financiamento para que a candidatura em Santa Maria não seja “meramente decorativa”. E, o que é ainda mais importante, reafirma a incursão em busca principalmente do PP e outras siglas que sejam adeptas da proposta que ele e o Novo irão apresentar.


Resumo da ópera. Riesgo até poderá ser candidato da “direita unificada” por PP, Novo e outros aliados. Mas, para isso, adere ao Progressistas (e perde a verba do Novo) ou convence as raposas do histórico PP. Isso é possível? O que não é possível em política?


A excitação petista e os novos voos de um pedetista da região

EXCITAÇÃO - Há grande expectativa entre os petistas para a possibilidade de Valdeci Oliveira assumir a sua pré-candidatura a prefeito no próximo dia 13, data em que o “niver” do deputado será festejado com um jantar solidário.
Talvez seja o caso de os ansiosos tirarem o cavalinho da chuva. Mesmo que a data escolhida seja, nada coincidentemente, o mesmo número do PT, o 13 que estará na urna eletrônica, a ideia é ficar no, perdão, chove não molha até o final do ano. E mesmo a presença de ilustres no evento dificilmente mudará esse cenário.
Entre os aguardados, o que definitivamente coloca ainda mais o regabofe como ato de inevitável repercussão política, além do já empossado novo presidente local Ronei Lopes, estão o senador Paulo Paim, o ex-governador Olívio Dutra e, claro, o ministro chefe da Secretaria de Comunicação, o santa-mariense Paulo Pimenta.
Esse trio, mais Valdeci e um punhado de outros parlamentares e lideranças daqui e d’alhures, ajudam a fazer entender a excitação política dos petistas de Santa Maria.

ALTOS VOOS - “A retomada do PDT não esconde nossas lideranças tradicionais. Estamos mobilizando os antigos, somando com as novas lideranças que chegam, já com histórico positivo na comunidade”.
As palavras são do deputado federal Pompeo de Mattos, no ato de “refundação” do PDT em São Pedro do Sul, no último sábado. Ele claramente se referia, na presença de outros líderes pedetistas, inclusive o santa-mariense Paulo Burmann, ao prefeito de São Sepé.
João Luiz Vargas, que se cacifou na refrega recente em busca do comando estadual do partido, deverá assumir função política nacional de relevância. Ele deverá coordenar os prefeitos do PDT, na campanha eleitoral do próximo ano. João Luiz, aliás, deve buscar novo mandato na sua própria cidade.


PL e a unidade nem tão unitária assim. Há no mínimo dois grupos

A versão pública é aquela que todos imaginam saber, inclusive a já difundida por este colunista. Qual? O PL oficial está insatisfeito com o que seria uma volta atrás do vice-prefeito Rodrigo Decimo, que tende a ir mesmo para o PSDB, após ter deixado claro (segundo fontes liberais) sua pretensão de filiar-se ao partido do ex-presidente Bolsonaro e, por ele, com apoio do governo, concorrer à prefeitura.

Diante da mudança ou da situação dada, o partido então indica Ewerton Falk para a disputa ao Centro Administrativo, inclusive barrando pretensões que teria, por exemplo, o recém-chegado Jader Maretoli – que já concorreu por três siglas distintas.

Resumindo a história, conforme apuração da coluna, o PL está dividido em pelo menos dois pedaços. E até agora não se saberia qual o maior, embora a óbvia prevalência dos governistas, que tenderiam a apoiar a candidatura de Decimo, com Falk de vice.


A situação, porém, não é tão pacífica. Tanto que, após ter ungido o presidente do Instituto de Planejamento, em reunião agitada no plenarinho da Câmara, há duas semanas, o dirigente máximo e líder inconteste da sigla no Estado, o deputado federal Giovani Cherini estaria recolhido, sem envolvimento maior, por enquanto.
Um sinal captado por militante do PL, e contado ao colunista, é que o próprio presidente Cherini, no pós-reunião, não falou mais na indicação de Falk, preferindo, em suas redes sociais, salientar apenas a organização dos setores jovem e feminino da seção santa-mariense.
O fato é que, embora seja possível apostar numa pacificação (afinal, o poder sempre é o poder), não é possível afirmar que tudo está certinho no PL da comuna. Até pode ficar, mas será preciso conversar bastante. A conferir.


Luneta


PELO DECIMO

​Se havia alguma dúvida entre tucanos, ela ficou para trás nesta semana. Canetaço (ops, resolução) da direção nacional do PSDB obriga municípios, entre outras condições, com mais de 100 mil habitantes a ter candidato próprio às prefeituras. Em miúdos: tucanos locais tendem a ampliar a busca pela assinatura, o quantos antes, da ficha de filiação do vice-prefeito Rodrigo Decimo, ainda alistado no UB.


​AS REGRAS

Briga dos líderes do Senado e da Câmara teve, como efeito colateral, a manutenção das regras já em vigor para as eleições do próximo ano. De inhapa, também não andou o projeto que anistia partidos das punições pecuniárias vindas de pleitos anteriores. Nesse caso, o grande vencedor é a sociedade brasileira que, ninguém duvida, sente-se melhor quando seus entes cumprem os castigos legais que recebem.

AS REGRAS (II)

Já no que toca às regras eleitorais, quem está comemorando, com certeza, são os partidos médios. Afinal, eles podem continuar cobiçando vagas nos legislativos pelas sobras, mesmo que não alcancem o quociente eleitoral no próximo ano. Como a coluna registrou há duas semanas, Manoel Badke e Tony Oliveira se elegeram pelas sobras, pois suas siglas de então (DEM e PSL) não atingiram o quociente.

ATÉ DEMOROU

Como testemunha à coluna um militante (que não é pedetista) com quem o ex-reitor Paulo Burmann papeou algum tempo atrás: demorou muito. O presidente do PDT só tinha o cargo de diretor da Secretaria Estadual de Educação. As atribuições, mas não as condições. Sequer um CC de importância ele indicou, tanto que pouco ficava na sede, na Capital, preferindo rodar o interior para visitar escolas.

PARA FECHAR!

As principais lideranças, independente de partido, aparentam estar interessadas em retomar a obra da nova sede da Câmara, ao lado do Palacete da Vale Machado. Nesse sentido, ajuda bastante o laudo técnico que permite a volta, desde que reparado o desgaste da obra paralisada. Ao lado da rejeição popular indiscutível, os R$ 4,6 milhões necessários indicam haver ainda um longo caminho a ser percorrido.

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