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Transporte público e pandemia

Victorino Aldo Saccol


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O transporte público sempre se caracterizou por ser um serviço planejado, organizado, seguro, confiável, responsável e, principalmente, pró-ativo, pois procuramos nos antecipar nas necessidades da população, garantindo seus deslocamentos em um perfeito equilíbrio entre oferta e demanda, garantindo um custo justo aos clientes pagantes.

Durante a pandemia, estes fatores perderam totalmente o sentido, causados pela ação dos governos, no interesse de preservar vidas e garantir o melhor atendimento na área da saúde, levando a população a um novo modo de vida, causando uma queda de 80% no faturamento das empresas. Por consequência, as empresas passaram a simplesmente não comprar insumos dos fornecedores, deixando de circular milhares de reais por mês, em combustíveis, peças, pneus e serviços, gerando urna efeito cascata nos demais parceiros de negócios.

No transporte público, em média, 50% do custo é com mão de obra (funcionários), que foram abrangidos na MP 936, e foram afastados ou tiveram redução de carga horária de trabalho, restando também prejudicados no seu ganho, causando com isso novamente uma menor circulação do dinheiro nos supermercados, lojas e comércio em geral.

Temos, a partir de agora, urna novo cenário, com significativas alterações no planejamento do sistema, entendendo que nossa rotina foi alterada, talvez para sempre, com novos conceitos, onde a relação capital/trabalho sofrerá mudanças profundas, valorização da vida e, sobretudo, como ocupamos nosso tempo.

No pós-pandemia, a readequação do transporte é fundamental, pois a crise gerada vai deixar umprejuízo enorme, e esses custos não podem ser simplesmente repassados para nossos clientes pagantes.

Em nossa cidade, todos somos clientes de todos. Quem nos compra vale-transporte são também nossos fornecedores de bens e serviços ou são fornecedores de nossos funcionários, gerando, com isso, um ciclo virtuoso de geração de emprego e renda.

A pandemia vai passar, como tudo. Podemos, com muito trabalho, recuperar os estragos causados, criando uma grande rede de parcerias em nossa cidade. Talvez não consigamos retomar ao mesmo patamar anterior, e, por isso, a necessidade de unir esforços para fortalecer a economia local. Tenho certeza e fé. 

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