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O gênio morreu

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Se não fosse a pandemia, as instituições de ensino da Itália e da França estariam lembrando, na 1ª semana de junho, os feitos de um gênio italiano morto a 2 de maio de 1519, em Amboise, na França, com 67 anos. Ele foi Leonardo Da Vinci, pintor, escultor, engenheiro, inventor, matemático, botânico, músico, arquiteto, físico e dominava latim e anatomia humana.
Italiano da vila de Vinci, nato a 1452, era filho de uma camponesa e um tabelião. O pai não o registrou, mas o criou com os avós paternos e 17 meio-irmãos.

Da Vinci foi valioso no Renascimento por mudar o foco da produção, não fazer só obra encomendada, mas a que desse emoção. Até seus trabalhos inacabados estão em museus de Paris, Londres, Roma, e Milão.

Suas miniaturas de avião, automóvel, helicóptero, tanque, bicicleta, esboços, desenhos e cálculos até hoje chamam atenção junto às máquinas de proteção de cidades, e o sistema de barricada (1499) para Veneza. Teve fascínio por voar, estudou as aves, e fez protótipos voadores. O 1º foi o Cisne Voador (1501), um helicóptero guiado por quatro homens. Criou um protetor de quedas que no século XVIII originou o paraquedas. Como engenheiro, fez canais de irrigação ainda operando na Lombardia.

A Última Ceia no Convento Maria Delle Grazie, em Milão, a Virgem das Rochas no Louvre com cópia em Londres, e a Mona Lisa são exemplos da sua técnica. Foi no desenho que criou a linguagem universal, traduzindo os estudos de anatomia da academia. Sua obra mais conhecida é o Homem Vitruviano (1487), retratando 2 figuras masculinas sobrepostas com braços e pernas abertas num círculo num quadrado. Nele mostra a proporção do corpo humano pela arte e ciência.

Sua rebeldia, desleixo, técnica, gosto pelo saber, e o fato de ser autodidata, fizeram-no um mito. Se Mona Lisa (Louvre) é um fenômeno, se deve ao seu olhar, onde quer que vá o observador, sempre terá a sensação de ser encarado por ela. Leonardo criou a pintura moderna, deu graça ao desenho natural com movimento e vida.

No final do séc XV, iniciou o Alto Renascimento com pintura esfumada e sem linha precisa, abrindo portas a Michelangelo, Rafael e outros. Deixou uma bela bagagem, e sua arte ainda intriga pelo realismo. Não é à toa que a mais famosa, no Louvre, recebe 80% dos 9 milhões de visitantes anuais.

Falei nele porque, em 2019, nos 500 Anos de sua morte, vi em São Paulo a exposição "Leonardo Da Vinci - 500 Anos de um Gênio", a maior e mais completa exposição de sua obra, com réplicas renascentistas, esboços anatômicos, máquinas, manuscritos, 150 projetores, e animação da Última Ceia em 4,6m por 8,8m, uma tecnologia que parecia que os vídeos saiam da tela, numa experiência multissensorial de som, cor e luz projetada do chão ao teto.
Caro leitor, sabias que Da Vinci tinha feito tanta diferença na nossa vida?

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