colunista do impresso

Surrealismo

style="width: 100%;" data-filename="retriever">

Estamos vivendo dias estranhos, inquietantes, que provocam surpresas e preocupações. O país, que tanto necessita tranquilizar seus cidadãos para que possam trabalhar e recuperar o desenvolvimento, é assaltado, a cada momento, com notícias e provocações que agitam os ânimos e desorientam a situação.

Fomos surpreendidos, recentemente, por um processo que deu entrada no STF, assinado por deputados incursos em denúncias de corrupção, em processos de investigação pelo Ministério Público, que pede o afastamento do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acusado de prevaricação no exercício da magistratura, na Comarca de Curitiba, durante tramitação da Operação Lava Jato. É a completa inversão de valores! Os suspeitos de corrupção contra o magistrado que tem agido na defesa da ordem e do combate à desonestidade! É surrealismo puro!

Os acusadores apresentam como fatos geradores da denúncia escutas telefônicas obtidas ilegalmente por "hackers" ligados a interesses escusos e, provavelmente, financiados pela própria corrupção em curso de investigação. Situação irrisória que exemplifica claramente a inversão de valores a que estamos sujeitos. É de se esperar que a decisão da mais alta Corte seja de arquivamento do processo, pois já existe decisão do próprio STF que determina essa providência quando as provas apresentadas são obtidas por procedimentos ilegais. O que é o caso.

As conversações entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol na Operação Lava Jato, havidas durante a instrução dos processos, são habituais nos tribunais, necessárias ao bom ordenamento jurídico e contribuem para a defesa da verdade, sempre sujeita às manobras legais da defesa dos réus e às ações sub-reptícias dos financiadores do crime. Ao formar suas convicções, Sergio Moro elaborou decisões justas que foram revistas pelas instâncias superiores e aprovadas sem restrições. A subversão desses valores, que imprimiram uma nova ordem no país, está sendo tentada pelos próprios condenados, que continuam na posse do butim obtido pela corrupção cultivada durante seus governos. É o surrealismo em curso, em que um dos ladrões, vivendo às custas do erário público, encarcerado em prisão de luxo, passa, em tempo integral, a confabular com seus asseclas toda a sorte de manobras e chicanas possíveis para desestabilizar a ordem legal e levantar toda a sorte de recursos para inviabilizar a recuperação econômica.

De conluio com a ação criminosa dos "hackers", a candidata derrotada à vice-presidente da República encaminha material fraudulento para um jornalista estrangeiro que se encontra no Brasil blindado por situação surreal: está casado com um deputado federal pelo PSOL, que obteve seu mandato através da renúncia de Jean Wyllys, claramente implicado no atentado ao candidato Bolsonaro, de vez que o álibi forjado para inocentar o criminoso partiu do seu gabinete na Câmara dos Deputados e o financiamento dos quatro advogados que assumiram, repentinamente, a defesa do assassino de aluguel, até hoje não foi esclarecido. A esquizofrenia atribuída ao executor do atentado não é só dele, mas de todos os mandantes responsáveis pelo plano maquiavélico (com pedido de desculpas a Niccolò Machiavelli)  da "camorra" que infelicitou o Brasil e que ainda não foi desmontada, julgada em todos os seus crimes e condenada como é de se esperar. A Lava Jato precisa agilizar seus procedimentos legais para desvitalizar essa máfia que ainda infelicita nossa Nação. E os Tribunais Regionais também devem atentar para a urgência de suas decisões, mormente quando se trata de crimes de lesa-pátria.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Mês da Igualdade Anterior

Mês da Igualdade

Tolerância tem limite Próximo

Tolerância tem limite

Colunistas do Impresso