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PLURAL: os textos de Suelen Aires Gonçalves e Silvana Maldaner

  • Mutação da Covid nos pampas
    Suelen Aires Gonçalves
    Socióloga e professora universitária

    style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">

    Desde o início da pandemia, instituições de ensino e pesquisadores encontraram pelo menos 12 tipos diferentes do coronavírus no estado do Rio Grande do Sul. Tais informações são parte do relatório "boletim genômico", construído pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) - trabalho realizado que apresenta as descobertas sobre as mutações do vírus da Covid-19 no Rio Grande do Sul. Eis o tema da nossa coluna "Plural" da semana.

    ALGUNS DADOS

    Pesquisas, como a que está sendo desenvolvida no Rio Grande do Sul , estão sendo desenvolvidas em outros Estados da federação. Existe um banco de dados elaborado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com amostras de genomas sequenciados que contribuem na descoberta de mutações. E temos um dado importante a apresentar, somos o 3º estado em número de casos de mutações, seguidos de São Paulo com 26 formas da Covid-19 documentadas e o Rio de Janeiro, com 16 casos documentados até este momento.

    IMPORTANTE SABER

    Tais alterações, segundo especialistas, são comuns em epidemias, porém, a atenção é necessária para verificar se tais mutações produzem uma maior transmissão. Estamos com outras mutações em outros países como a Inglaterra e África do Sul. Toda atenção neste momento é necessária, pois estamos em meio a um processo pandêmico e de redução de recursos para a saúde, com a PEC do Cortes de Gastos, aprovadas no governo de Michel Temer (MDB) e a implementação de uma agenda negacionista para com a gravidade da doença. Pela ciência e pela manutenção das instituições públicas de pesquisa e ensino e pelo SUS 100% público, seguiremos!

    Viva a hipocrisia
    Silvana Maldaner
    Editora de revista

    style="width: 25%; float: right;" data-filename="retriever">Faz da tua casa o teu templo, aprende a rezar, meditar, agradecer e se conectar com Deus.  Faz da tua casa uma festa, seleciona a melhor playlist, canta, dança, ri, vibra. Faz da tua casa uma escola, lê, escreve, desenha, pinta, estuda, ensina, aprende. Estamos vivendo tempos bem esquisitos mesmo. Regras e restrições para alguns, liberdade para outros. Eu confesso que não consigo entender algumas medidas que proíbem circulação de alguns segmentos e para outros, vida livre.

    Por exemplo, os mercados estão lotados, todos os dias todos se fartam e enchem seus carrinhos. Os atendentes, caixas, faxineiros, repositores, todos trabalham normalmente, atendendo milhares de pessoas.Os frentistas, os tele entregas, os farmacêuticos, os atendentes de farmácia.

    Os ônibus podem ter de 30 a 40 pessoas sentadas ou em pé, ou como der, pois a frota precisou ser reduzida, e as pessoas precisam se deslocar, trabalhar e tudo mais.

    Os aviões podem utilizar capacidade máxima, sentar lado a lado, por 4 , 10 ou 12 horas, e está tudo certo.

    Os shoppings estão abertos com redução de horário, acarretando mais aglomeração, bem diferente de muitos países que expandiram o horário para dar mais opções de atendimento.

    As praias lotadas, restaurantes funcionando normalmente, parques abertos. Tudo certo.

    Em campanha política teve carreata, reuniões, comemorações, festa.

    Acho muito doido, uma hipocrisia pura, os exemplos do governador e prefeito de São Paulo. Proíbem as pessoas de circular, fecham empresas, multam, determinam lockdown, mas eles vão a Miami, aos jogos de futebol, relaxam nos seus resorts de luxo, com os grandes milionários deste país. E os desempregados e falidos, que fiquem em casa.

    E a Escola? E as aulas?

    E o retorno presencial ? Escola é um lugar muito perigoso. Escola é um lugar insalubre.

    Escola é um lugar mortal.

    Imagina crianças reunidas aprendendo. É preocupante. Praias, festas, shoppings podem. Mas na escola, não. Muito doido isto tudo.

    As medidas restritivas são baseadas pelas taxas de ocupação nos leitos. Ou seja, quanto mais internados, mais restrição aos membros da sociedade produtiva, para teoricamente reduzir contatos.

    Mas se as bandeiras restritivas são baseadas em ocupação dos leitos, quando as cidades recebem pacientes vindos de fora, e inclusive de outros estados, a bandeira nunca irá reduzir, consequentemente escolas serão penalizadas, comércio e turismo serão penalizados e setor de eventos será enterrado e sepultado.

    Acho fantástico a solidariedade, e a ajuda mútua entre hospitais e leitos disponíveis pelo SUS. Porém, as autoridades que regulamentam as demais atividades vão levar em conta estas particularidades?

    Se a comunidade médica e infectologistas já defenderam a necessidade do retorno presencial as aulas, como que o governo interfere nestas recomendações?

    Como ficarão as milhares de crianças, adolescentes e jovens que estão com depressão e outras doenças agravadas pelo isolamento e pânico instaurado?

    Quem vai defender a educação neste país?.


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