Quatro anos depois, é hora de os santa-marienses voltarem às urnas para escolher prefeito, vice e os 21 vereadores. Em 2020, a população estava impactada pela pandemia e utilizava máscara. Devido à Covid, o pleito ocorreu em novembro – 1º e 2º turnos. Apesar do curso do tempo, 2024 também não tem sido um ano fácil para a população da cidade, a exemplo de grande parte dos gaúchos.
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Desta vez, as sequelas são por uma enchente avassaladora que destruiu municípios e levou dezenas de vidas. Santa Maria não saiu da catástrofe climática ilesa e também perdeu vidas, além de muitos moradores serem obrigados a deixar suas casas em áreas de risco. Contudo, os estragos na infraestrutura foram pequenos se comparados a outras cidades que ficaram destruídas.
Neste ano que entra para a história do Estado em função da tragédia climática, os santa-marienses têm um compromisso muito importante neste domingo (6): exercer o direito ao voto. E não é qualquer eleição, é aquela que impacta diretamente na sua vida. Afinal, melhorias no atendimento em postos de saúde e nas ruas do seu bairro, além do transporte público e das vagas nas escolas municipais, são de competência e responsabilidade do prefeito. E, para reivindicar muitas dessas demandas, o porta-voz da comunidade é o vereador, também escolhido neste domingo (6).
Está em jogo o futuro de Santa Maria, o 5º maior colégio eleitoral do Estado, com mais de 209 mil eleitores e uma população acima de 280 mil habitantes. O próximo governante que substituirá o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que conclui o mandato de oito anos em 31 de dezembro de 2024, terá um Orçamento de R$ 1,41 bilhão para 2025, mas o valor, aparentemente elevado, não tem muita margem para investimentos, uma vez que cerca de 80% é consumido para a manutenção da máquina. Assim como o atual, o futuro gestor terá de buscar verba de fora, inclusive para viabilizar as propostas apresentadas durante a campanha.
E, para administrar o município, conhecido como o Coração do Rio Grande e a Cidade Cultura, sete nomes se apresentam: Alidio da Luz (PSol), Giuseppe Riesgo (Novo), Moacir Alves (PRD), Paulo Burmann (PDT), Roberta Leitão (PL), Rodrigo Decimo (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT).
Já para fiscalizar o trabalho e avalizar as medidas tomadas pelo prefeito, há 257 candidatos disputando as 21 vagas ao Legislativo. É a Câmara, por exemplo, que aprova o Orçamento com aplicação dos recursos provenientes dos impostos da população. Também é papel do vereador analisar o Plano Diretor, que é o conjunto de regras de organização da cidade, como regiões com prédios mais altos e a viabilidade de construções em determinadas áreas.
Portanto, são os dois representantes mais próximos da população e que tratam dos temas que impactam diretamente a rotina da cidade e, por consequência, a de seus habitantes. E nada mais democrático que o eleitor escolher o prefeito e o vereador.
Por meio de diversas matérias preparadas pelo Grupo Diário, você, eleitor, terá todas as informações sobre o dia do voto e o que precisa levar. Também poderá conhecer melhor as setes chapas que disputam o Executivo e o último recado dos prefeituráveis à população, além da lista dos mais de 250 nomes com os números à Câmara. Ah, e lembre-se que é possível ter opiniões diferentes em relação aos candidatos e conviver pacificamente, afinal, democracia começa em casa. Uma ótima eleição a todos.
Voltaire de Lima Moraes, presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), falou sobre a importância do voto consciente e de a população participar do pleito, em entrevista à Rádio CDN:
- Nós precisamos levar em consideração o fato de que, se nós temos uma preocupação em escolher o melhor colégio para os nossos filhos, o melhor dentista, o melhor médico, nós devemos ter a preocupação também de escolher o melhor gestor para a cidade onde nós moramos. E como se faz isso? Levando em consideração a plataforma de governo de cada um dos candidatos, vendo se essa plataforma é factível, se é aceitável e se ela pode realmente ser executada ou não. Então, isso é muito importante, porque quem não vota, depois perde a legitimidade, inclusive, para reclamar do seu gestor. Quem abre mão do seu voto, está abrindo mão de traçar um futuro seguro para si, para seus filhos e seus familiares. O voto é o exercício pleno da cidadania, é algo muito importante e as pessoas precisam se conscientizar disso. Nós temos que criar no nosso Brasil a cultura da importância do voto. Como se faz isso? Verificando caso a caso, as eleições, a importância desse voto para nós, nossos filhos, nossos netos, nossos familiares, nossos amigos e de toda a nossa gente - destacou.
Confira os números do pleito
Brasil
- 155.912.680 eleitores aptos
Rio Grande do Sul
- 8.682.742 eleitores aptos
Santa Maria
- 282.244 habitantes
- Orçamento de R$ 1,41 bilhão para 2025
- 209.393 eleitores aptos
- 150.379 com biometria
- 59.014 sem biometria
- 2,6 mil mesários
- 124 locais de votação
- 636 seções
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