PLURAL: os textos de George Confield e Elisangela Nicoloso Brandli

O brilho e o opaco
George Confield
Professor universitário e consultor digital

"Olhem, meninas! O papai está famoso!" Foi assim que minha esposa anunciou para nossas filhas que havia uma foto minha estampada na edição impressa do Diário. Imersas em suas telas brilhantes, elas voltaram a atenção ao papel opaco que eu segurava. Olharam com atenção e vibraram conosco, mas, para elas, a publicação não tinha a mesma dimensão de grandiosidade que certamente tem para a geração dos meus pais - o mundo das minhas meninas é digital, e sinônimo de sucesso, para elas, é estar no YouTube.

Embora minhas pequenas ainda não consigam entender, para mim, estar aqui não é apenas uma honra, mas uma grande oportunidade de exercer - no papel - um papel que eu entendo como fundamental: ser o elo entre o encantamento que o jornal opaco provoca nas geração dos meus pais e o fascínio que as telas brilhantes geram nas minhas filhas. Ser a ponte que une as gerações antigas e as que protagonizarão o futuro é o papel central da minha geração - nós nos admiramos com o que brilha, mas entendemos os encantos do que é opaco e palpável.

UMA GERAÇÃO DE TRANSIÇÃO

Nesses universos tão distintos que separam os chamados dinossauros dos unicórnios, nós, da geração X, somos uma espécie em transição, com nossas experiências vividas, em 50%, de maneira analógica e, em outros 50%, em plena revolução tecnológica - nossos pais têm uma trajetória 80% analógica, e nossos filhos são 100% digitais.

Tenho me dedicado, como publicitário, professor e consultor, a tentar compreender e conectar essas diferentes gerações, sempre atento ao fato de que as economias tradicionais ainda são dominantes, mas estão assustadas com um futuro que já não conseguem dominar com antigas práticas. E nós, dessa geração intermediária, encaixamo-nos como solução nesse momento.

O FUTURO É COLABORATIVO

Meu direcionamento, em minha trajetória acadêmica e profissional, a temas relacionados ao futurismo e aos potenciais humanos tem ligação direta com a afeição por pessoas e pela empatia que me constituem. Dedicar-me ao ensino, contribuir com entidades e com o poder público, e entregar meu entusiasmo a startups foram as atividades que encontrei para dar vazão a essa crença intransponível que carrego em mim (e que nunca me permitiu trabalhar sozinho): somos melhores juntos.

Por isso, queria agradecer ao Diário pela oportunidade de construir com você, leitor, um espaço de troca. Estou com as redes sociais e o coração abertos para sugestões de temas que serão eternizados nessa coluna. Estar aqui é importante por isso. E porque eu sei que, quando, no futuro, eu me tornar saudade, esses recortes de papel, ainda que amarelados e desgastados pelo tempo, terão, como poucos objetos nesse mundo, a capacidade de fazer brilharem os olhos das minhas meninas.

A gestão de pessoas e o sucesso das organizações
Elisangela Nicoloso Brandli
Consultora de empresas e professora universitária

Você deve ouvir o tempo todo que o mercado muda constantemente e exige que o gestor se adapte às novas realidades, ao mesmo tempo em que apresenta soluções inovadoras para o dia a dia da gestão, um grande desafio e responsabilidade aos gestores em manter a produtividade, qualidade e melhores resultados. A gestão de pessoas tem uma grande relevância para o sucesso dos negócios, potencializando o seu crescimento e continuidade no mercado, fonte de valor e resultados para a organização e stakeholders. Tem papel agregador e vai desde a atração e seleção de talentos até os processos de valorização do capital intelectual da organização.

A área deixou de ser somente burocrática e passou a ser uma área estratégica e focada em resultados reais, acompanhando e desenvolvendo funcionários para que eles se tornem, cada vez mais, preparados e com as competências necessárias para desempenhar suas funções. As pessoas passaram a serem vistas como seres dotados de inteligência, conhecimento e habilidades para serem novos parceiros da organização. Mesmo sendo uma frase clichê, é necessário ressaltar que as pessoas são o triunfo ou o insucesso de uma empresa, pois são elas que conduzem os processos.

Através dessa perspectiva, a gestão de pessoas deve concentrar sua atenção nas metas e resultados da organização a serem alcançados. Essa combinação dará a organização um sucesso de forma sustentada. Para uma organização ser bem-sucedida, não basta possuir a melhor tecnologia, instalações modernas, estrutura organizacional bem definida e um planejamento estratégico, tem que possuir profissionais qualificados, que produzirão resultados mais satisfatórios, serão mais inovadores e felizes.

A organização só irá crescer e ter sucesso como um todo quando todos os setores estiveram alinhados, e garantir que todos acreditem nos objetivos e se mostrem motivados e engajados a alcançá-los.

Faz parte da gestão conduzir a empresa a resultados, fazendo isso a partir de processos e ferramentas modernas, liderança que valoriza e reconhece as pessoas. Compreender os funcionários e proporcionar meios para manter a equipe motivada, produtiva e engajada, e que cada profissional se sinta pertencente ao ambiente, para que ele pode se dedicar a sua totalidade e propósito à sua função.

Construir um relacionamento capaz de discutir desafios e barreiras a serem superados pela organização podem alavancar os resultados. Esse processo se desenvolve enquanto o funcionário é estimulado a contribuir, de forma mais pessoal e positiva possível, para alcançar o melhor para a empresa. São pequenas mudanças que fazem toda diferença. A valorização do capital humano é responsável pelo sucesso do negócio.

PLURAL: os textos de George Confield e Elisangela Nicoloso Brandli

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