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OPINIÃO: Você é o próprio criador do seu futuro, seja ele com ou sem Karma


Talvez você não seja uma, mas muitas pessoas têm o hábito de, ao referir-se a coisas ruins que lhes aconteçam algumas vezes ou a convivência com alguém, como sendo o seu Karma. A palavra Karma que tem sua origem no sânscrito, língua ancestral do Nepal, na Índia, significava "ação". Já, aqui no Ocidente, adquiriu outra conotação, servindo para designar as coisas ruins que acontecem (isso é o meu Karma) ou a convivência com pessoas que nos trazem sofrimentos (ele/ela é o meu Karma). Os ditos Karmas não são castigos da divindade nem devem ser aceitos como forma de purificação. Engana-se redondamente quem pensa que quanto mais dor for suportada passivamente, mais espiritualizado estará o sofredor. Essa, aliás, é uma herança de um pensamento que continua ainda muito presente na mente daqueles que aceitam ideias sem, sequer, analisar sua racionalidade. Não nascemos para sofrer nem devemos encarar como castigo viver ao lado de pessoas que nos trazem sofrimentos.

O retorno à vida física não é um castigo ou mesmo uma punição divina. É, em verdade, uma bênção, uma nova oportunidade que nos é proporcionada para continuar nosso aprendizado enquanto espíritos aprendizes. As coisas e acontecimentos ruins que nos acontecem, bem como a convivência com pessoas que nos fazem sofrer, nada mais são do que ferramentas de aprendizado do espírito, tal qual o aluno dos colégios da Terra em que o aprendizado se dá mediante muito esforço, muito suor e muito sacrifício frente aos problemas apresentados pelo currículo escolar. Nada é casual ou tem como objetivo castigar. Tudo é causal e possui um fim pedagógico. Nascemos para aprender e, por via de consequência, evoluir, pois somos seres criados para a perfeição. O que muitos chamam de Karma, nada mais é do que a ação de uma lei a qual todos nós, independentemente de qualquer condição ou status, estamos submetidos, chamada de Lei de Causa e Efeito ou Lei de Ação e Reação. Enquanto que o conceito associado ao Karma sugere uma dívida pretérita rígida e punitiva, a Lei de Causa e Efeito nos informa que o futuro está associado à soma ações e decisões do presente, ou seja, podemos ter no futuro, que não necessariamente será já na próxima encarnação, efeitos bons ou ruins, decorrentes das nossas ações também boas ou ruins.

O grande problema é o fato de que nos chama muito mais a atenção ao que de ruim nos acontece em detrimento das coisas boas que, sem sombra de dúvida, são infinitamente em maior número. Você quer um exemplo? Tente visualizar a soma do tempo em dias, ou mesmo em meses ou anos, em que você esteve com alguma doença comparando com a soma do tempo em que você esteve saudável. Com algumas exceções, pois que não há regra sem exceção, você vai chegar, com certeza absoluta, à conclusão de que o período com saúde foi muitíssimo maior do que o tempo de enfermidade, incluindo aí desde um simples resfriado. Esse hábito de reclamar é uma característica de todos nós e se dá pelo nosso alto grau de inferioridade espiritual o que nos leva a enfatizarmos mais os maus momentos do que os bons, que são maioria. Por isso, o ideal e para o nosso benefício é que todas as nossas ações possam ser, antes da sua concretização, pensadas, refletidas e ponderadas. Lembre-se, para não se queixar depois, de que você, e somente você, é o arquiteto, o engenheiro e o construtor do seu próprio futuro. Se usar somente material de primeira linha nessa construção, ele será ótimo e sem Karma. Mas, se por outro lado, você se utilizar de material de qualidade duvidosa, ele terá grande chance de ser ruim e com Karma. Por isso, não esqueça jamais: você é o próprio criador do seu futuro, seja ele com ou sem Karma.

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