#portodosnós

Novo normal

Julio Kirchhof

No final de fevereiro, fomos surpreendidos pela Covid-19 que estava chegando em nossa cidade. Surpreendidos porque, embora já se falasse sobre a mesma, a gente achava que em nós nunca iria chegar, mas ela chegou.

A cidade toda parou por uma semana, exceto os serviços essenciais, mas, mesmo estes, com baixa demanda. A prefeitura convocou todas as entidades empresariais para discutir e comunicar como seria a partir de então.

Nós, da indústria metal mecânica, nesta reunião já levamos por escrito nossa proposta de trabalho, para conviver com o vírus. Em outra oportunidade, reunidos com o prefeito, detalhamos como seria o nosso retorno ao trabalho.

A indústria já de longo tempo aprendeu a conviver com riscos e, para amenizá-los, usa muitos equipamentos de proteção, portanto precisávamos apenas nos adequar à nova situação. Para isso, adequamos nossos vestiários, refeitórios e estabelecemos aos novos procedimentos de trabalho, observando o uso de máscaras e o distanciamento dentro das fábricas. Arrisco a dizer que nossos trabalhadores estão mais protegidos dentro delas que na rua ou em seus lares.

E assim, seguindo os procedimentos definidos individualmente, seguindo as características de cada unidade produtiva, voltamos ao trabalho em um "novo normal" com a certeza de estarmos protegendo nossos trabalhadores contra o vírus e contra um mal invisível que tem a mesma característica devastadora: o desemprego.

E julgamos estarmos no caminho certo, porque até o momento não temos nenhum caso registrado dentro das indústrias.

Neste período, recebemos informações de toda a ordem: Fique em casa! Não fique em casa, saia para o ar livre! Uso este ou aquele medicamento! Infelizmente, a pandemia foi contaminada pela política, quando os que não querem que o atual governo dê certo, acham todos os meios possíveis para travá-lo e desestabilizá-lo. Entendemos que se o país sair perdendo, todos perderão.

Pensamos que, como está a situação atual, vamos precisar conviver com a pandemia por um bom tempo. Quanto? É difícil afirmar, mas provavelmente durante todo este ano.

Passados já 90 dias desta situação, entendemos que já está na hora de todos, assim como fez a indústria e está fazendo o comércio, se adaptarem à nova realidade e voltarem a suas atividades normais. Falamos das escolas, em todos os níveis, do serviço público, enfim, todos os setores deverão analisar individualmente a situação, aprender com as experiências já vividas, definir uma nova forma de conviver com essa realidade e voltar às atividades.

Entendemos que, se assim não for feito, provavelmente a devassa econômica, o desemprego e todos os malefícios advindo de uma situação caótica serão tão devastadores quanto a própria pandemia.

Portanto, vamos em frente, nos cuidemos e bom trabalho a todos.

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