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Liberdade e responsabilidade

Liberdade de pensamento, liberdade de crença, liberdade de escolha, liberdade de opinião, como é bela e saudável a liberdade. Nada soa tão democrático como ela, sobretudo em um país multicultural como o nosso.

Em homenagem a liberdade e a sua vital importância para o ser humano, foi construída uma estátua dedicada à liberdade. Finalizada em 1886, ela representa "Libertas", a deusa romana da liberdade. Embora poucos saibam, ela foi oferecida pelos franceses como um presente pelo centenário da Independência Americana.

Ao meu ver, deveria ser construída ao lado de cada da estátua da liberdade que se espalhou por todo o mundo, inclusive no Brasil, uma outra estátua, tão importante como ela, a estátua da responsabilidade. Afinal somos livres para decidir nossos atos, mas podemos também nos tornar escravos de suas consequências.

Mas afinal, poderemos ser totalmente livres nesta existência terrena? A liberdade que podemos alcançar no atual estágio evolutivo que nos encontramos, não é totalmente impossível, porém, para nos libertarmos de tudo o que nos aprisiona externamente, necessitamos primeiro nos libertarmos em nosso interior de tudo aquilo que turva a nossa visão, que obstrui a nossa consciência e nos algema as ilusões.

Entre nossos maiores algozes, os que entravam a nossa liberdade, estão o preconceito, a ignorância, inclusive a respeito de nós mesmos, os ressentimentos, a não gestão de nossas emoções, o apego ao que é transitório e, principalmente, o nosso orgulho e egoísmo.

A literatura espírita nos mostra que, antes de o espírito renascer, ou seja, de assumir uma nova encarnação, uma nova vida -, é submetido a um planejamento reencarnatório, no qual ele também contribui na tomada de decisões, se para isso tiver condições evolutivas, escolhendo a espécie de ocorrências e desafios que enfrentará na próxima existência.

Assim, quanto maior for o progresso de um espírito, mais livre ele é para realizar o destino, como também mais responsável se torna pelas consequências de suas escolhas e opções, não existindo nunca castigo, mas sempre consequências.

Fica evidente que a pessoa responsável por nós é nós mesmos. Em síntese, somos, na verdade, a causa e também o efeito das próprias escolhas e atitudes.

É, portanto, imprescindível o desenvolvimento da responsabilidade no pensar, sentir e agir, porque o encargo do livre arbítrio é examinar e discernir o que se deve fazer daquilo que se pode fazer, mas não nos convém.

A humanidade se desenvolve graças a seres abnegados e responsáveis que, com sacrifício do interesse pessoal, onde quer que se encontrem, dedicam-se ao bem comum.

E com o intuito de nos estimular ao desenvolvimento dessa consciência maior no caminho da liberdade e do verdadeiro amor ao próximo o escritor Carlos Torres Pastorino em seu livro "Minutos de Sabedoria" nos sugere:

"Desperte para a vida. Medite em suas responsabilidades perante a humanidade e perante Deus. De você, dependem criaturas que o cercam, na família, no trabalho, na sociedade. Não fuja à responsabilidade que você assumiu: realize seu trabalho com amor, produzindo o melhor que puder, e o máximo que suas forças o permitirem. Em suas mãos está uma parte do futuro da humanidade."

Texto: Jorge Brandão
Empresário e escritor espírita

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