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E se?

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Quando passamos por momentos de incertezas como os dos últimos meses, é natural nos voltarmos para questões da existência. O ser humano é racional, por isso questionar sobre o seu papel no universo e sobre fatos ocorridos deve ser encarado com normalidade, além de uma oportunidade para desenvolver o autoconhecimento, dentro outros tantos aprendizados. Afinal, quem não faz reflexões sobre os acontecimentos quotidianos? Sobre eventos que fizeram e fazem parte da história da humanidade ou, até mesmo, da nossa própria?

As indagações, de regra, iniciam com: "E se?". São inúmeras as cogitações que nos acompanham desde criança: E se um asteroide não tivesse aniquilado os dinossauros? E se a Terra parasse de girar? E se o sol apagasse? E se Jesus não fosse crucificado? E se Hitler tivesse vencido a Segunda Guerra? E se a ditadura no Brasil não tivesse acontecido? E se Tancredo Neves não tivesse morrido? E se...? E se...? E se...?

São inúmeras as suposições formuladas pelas pessoas. Inclusive, existem livros que se aventuram a apresentar respostas às mais diversas conjecturas criadas pela imaginação humana e, em alguns casos, até possuem uma lógica minimamente aceitável, mesmo não sendo possíveis de serem comprovadas cientificamente.

O "E se?" quando bem administrado, não apresenta nenhuma ameaça. Além de ser um estímulo à imaginação, é uma rica fonte de conhecimento, pois somente é possível propor cenários hipotéticos se tivermos domínio pleno dos fatos. Contudo, quando tal questionamento passa a assombrar a vida das pessoas, fazendo com que elas diuturnamente questionem decisões tomadas ou imaginem o que de diferente poderia ter sido feito, pode se transformar em um grande sofrimento, prejudicando o bem-estar.

Não é possível prever o futuro, pois eventos inesperados podem acontecer a qualquer momento, interrompendo repentinamente o que imaginávamos ser o curso normal, então, por que se torturar? Por que gastar tempo pensando em possibilidades passadas, se jamais teremos certeza do resultado? Não podemos ficar flutuando entre o passado e o futuro, perdendo tempo pensando no que poderia ter sido ou mesmo no que pode acontecer.

Pensar "E se?" só vale a pena se for para fazer as pazes com o passado ou correr atrás de algo, ainda, possível de realizar. O filme Cartas para Julieta fala exatamente sobre essa perspectiva. Ele nada mais faz do que dar um empurrão nas pessoas para não perderem tempo. Não esperarem 50 anos para irem atrás de seus sonhos. Diz a carta: "Se o que você sentia e desejava no passado era verdadeiro, por que não seria agora? Então, nunca é tarde demais. Você só precisa de coragem para seguir seu coração".

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