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Agrotóxico: prejuízo ou benefício

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O Brasil é visto por muitos como o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Será verdade ou desinformação? Que parâmetros estão sendo usados para medir o consumo e grau de intoxicação dos produtos.

Segundos trabalhos desenvolvidos pela Food and Agriculture Organisation (FAO), órgão da ONU que monitora a produção de alimentos e uso de defensivos agrícolas no mundo todo, e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil, em termos absolutos, o nosso país gasta US$ 10 bilhões por ano, Estados Unidos, US$ 8 bilhões, China, US$ 6 bilhões, Japão, US$ 3,8 bilhões, e França US$ 2 bilhões.

A maneira mais correta, tecnicamente falando, seria medir consumo por área cultivada, em que seríamos os sétimos colocados. O Japão seria o maior consumidor, com US$ 1.150/hectare, seguido pela Coreia do Sul, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Brasil em 7º lugar, com US$110/hectare, cerca de 10 vezes menos que o Japão, país este que possui a maior longevidade da população. Pode-se, em tese inicial, dizer que consumo de agrotóxico, até determinado volume e manuseio, não interfere na longevidade de uma população.    

Também podemos analisar o uso de agrotóxico em relação a produção agrícola, onde o maior consumo continua com o Japão, com US$ 100/tonelada produzida, onde o Brasil fica em 13º lugar, com US$ 9/tonelada produzida.

O que interessa é o correto manuseio e aplicação na hora exata. Para isto, temos os engenheiros agrônomos, engenheiros florestais e técnicos agrícolas. O manuseio inadequado pode causar enormes prejuízos ao produto e ao ser humano que manipula. É necessário treinamento e zelo pelos agrotóxicos. Entre o período de aplicação e colheita, existe uma espera que tem que ser respeitada.

Às vezes, uma aplicação inadequada pode gerar a morte do aplicador ou da produção. Já temos tecnologia em utilizar os agrotóxicos com precisão, podemos preservar a natureza com um manejo racional e inteligente.

Temos ajustes a fazer, a mortandade de abelhas precisa ser reparada, a polinização é importante para salvar a lavoura. Não sou especialista, mas o manejo pode estar errado, o produto pode estar errado. Precisamos reunir especialistas para analisar racionalmente a situação. Radicais têm que ser excluídos. Precisamos achar novos caminhos.

A agricultura precisa crescer, sem este crescimento muita gente vai passar fome.

Cada vez mais a população mundial cresce e precisamos mais alimentos para matar a fome.

Ecologistas e produtores, com assessoria técnica competente, precisam deixar de ser adversários, blocos de manobras e ingênuos para achar uma solução para a continuidade do ser humano. Os discursos radicais e políticos precisam terminar em nome do bem comum.

Além de tudo, a agricultura pode gerar muito trabalho para uma população carente, despreparada para a tecnologia.

Não esquecem que os interesses dos países desenvolvidos, nem sempre são favoráveis aos mais pobres, que podem ser explorados. Independente de ser de direita ou esquerda. Cada país cuida unicamente de seus interesses.

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