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A voz da esperança

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Em 4 de agosto de 1901, nascia em Nova Orleans, Estados Unidos, Louis Armstrong, uma das vozes mais diferenciadas do jazz. Alguns podem não relacionar o nome à pessoa, no entanto, se falarmos da música "What a Wonderful World", vamos lembrar a voz grave de seu cantor. Louis tinha um timbre incomparável e um inconfundível jeito de cantar. Emitia as sílabas como se sua voz imitasse um instrumento musical, o que se transformou em sua marca registrada, pela qual fez muito sucesso. Nascido em uma família muito humilde, Louis Armstrong, foi uma das figuras-chave para o desenvolvimento e popularização do jazz. Como trompetista e vocalista, deixou um grande legado, tanto vocal quanto instrumental. Suas canções se tornaram grandes clássicos.

Há alguns dias, escrevi sobre as maravilhas do mundo moderno, sobre os monumentos grandiosos criados pelo homem. Armstrong, em uma de suas canções mais famosas, falou sobre as maravilhas da natureza, as belezas que estão ao nosso alcance. "What a Wonderful World"(Que Mundo Maravilhoso) foi escrita por Bob Thiele e George David Weiss, especialmente para Armstrong. A intenção era que a música servisse como antídoto ao carregado clima racial e político nos Estados Unidos, no final da década de 1960.

A canção detalha o deleite pelas coisas simples do dia a dia. Destaca o que há de belo na vida e muitas vezes passa despercebido diante da pressa da nossa rotina. A letra deixa claro que a beleza da vida pode ser encontrada, por todos, nas coisas simples do nosso cotidiano, passeando na rua, olhando as árvores, a vitrina de uma floricultura ou para as cores do céu, basta ter olhos para vê-las.

A composição enfatiza as exuberâncias da natureza, o brilho abençoado do dia e a escuridão sagrada da noite, o amadurecer da vida, os encontros dos seres humanos, a comunhão entre os amigos e a partilha entre as pessoas que se querem bem. É o ciclo da vida, as mudanças da natureza, que são pequenos milagres cotidianos e que a maioria das pessoas não se dá conta das suas existências. A letra não narra apenas das belezas presentes, em tom esperançoso e otimista, fala do futuro, incluindo uma referência aos bebês que nascem no mundo e terão muito para ver e aprender. No privilégio de poder assistir o crescimento e o amadurecimento das próximas gerações, que produzirão muito mais progressos do que podemos imaginar.

Apesar de a música ter mais de 50 anos, o atual momento político mundial não difere muito daquele em que ela foi escrita. Mesmo que a maioria dos países não esteja na iminência de uma guerra civil, as guerras virtuais e raciais fazem parte do nosso cotidiano. A violência persiste na sociedade, assim como o preconceito racial. Portanto, a composição continua atual, pois, mostra a importância da convivência pacífica, do cumprimento entre as pessoas, em uma demonstração de afeto, carinho e preocupação com o bem-estar do outro. Ela ajuda a ver o lado bom da vida, propagando otimismo, transmitindo sobretudo uma mensagem de amor, de esperança e de crença em dias melhores.

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