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Você já deve ter escutado ou lido em algum lugar aquela assertiva de que fomos criados para a felicidade. Essa afirmação parte do pressuposto de que se Deus é um pai bom, amoroso e que ama a todos os seus filhos, é logico se pensar que ele deva ter criado eu, tu, ele, nós, vós e eles para a felicidade. Você não acha? Se você que é pai ou mãe, tenho certeza, que não só deseja, mas se empenha, ao máximo, para que seus filhos sejam felizes. Não é assim que você age? Pois, se você age assim, imagine, então, Deus que é todo poderoso e infinito em todas as virtudes, coisa que estamos, ainda, muito longe de sê-lo. Mas, então, já que ele é infinito em tudo, por qual razão ele permite que soframos tantas dificuldades em provações tão difíceis nesta vida? O grande problema é que no patamar evolutivo em que nos encontramos, enquanto espíritos aprendizes não raramente confundimos felicidade com prazer, buscando a felicidade através da ilusão do dinheiro e das posses materiais, passando uma vida inteira trabalhando incessantemente para a conquista desse império financeiro sem percebermos o quanto somos escravos de nós mesmos até que um dia, quando já cansados dessa busca que nunca acaba, percebemos que os pais já partiram, os filhos cresceram e seguiram o seu caminho, as amizades ficaram para trás na noite dos tempos e o bem mais precioso, a saúde, está debilitada pelo devaneio na busca do dinheiro e da tão sonhada independência financeira. E aí, começa o processo inverso não mais na busca do dinheiro, mas sim na busca de saúde. Aliás, exatamente sobre isso, certa vez perguntaram ao mestre tibetano Dalai Lama, o que mais lhe impressionava na humanidade. E ele, com a sua sabedoria acumulada nesta e em outras vidas, respondeu: "Os homens! Porque perdem saúde para juntar dinheiro e depois gastam dinheiro para recuperar a saúde. E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro e vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido." Se você leu rapidamente, leia novamente, agora com calma, e pergunte-se a si mesmo se não é assim que agimos ao longo da vida?
Se pararmos para pensar um momento sobre a felicidade, chegaremos à conclusão de que ela não está, necessariamente, nas coisas e nos bens materiais pela simples razão de que ela não é uma aquisição do nosso eu perecível, o corpo, e sim uma conquista do nosso eu imortal, o espírito, o que, no entanto, não significa dizer que prosperidade material e auto realização sejam coisas opostas, pois que o dinheiro não atrapalha a evolução espiritual, desde que não o superestimemos e nem o subestimemos. Tudo na vida é equilíbrio e esse equilíbrio em busca da felicidade só depende do equilibrista, no caso, você. Por isso, se a partir de hoje você decidir ser feliz, tenha a certeza de que nada, absolutamente nada nesta vida poderá obstaculiza-lo, a não ser você mesmo. O esforço na busca da felicidade requer eleger objetivos também fora do mundo físico. Não esqueça que foi de lá desse mundo extra físico que viemos e é para lá voltaremos, aliás, sem absolutamente nenhum bem material amealhado nesta curta vida física que para uns duram mais e para outros duram menos. A verdadeira felicidade é, portanto, uma forma de viver e, para que se torne duradoura, é fundamental que se descubra, o mais rapidamente possível, a verdadeira razão pela qual estamos aqui, não nos deixando enganar pela ilusão dos gozos e prazeres efêmeros da vida.
Para finalizar, lembre-se que a vida neste corpo em que estamos vivendo hoje é muito, muito curta e o tempo sem nunca cansar não para nunca de passar. Portanto, faça dele seu aliado no seu processo evolutivo, pois quando menos se espera, o tempo passa, a vida passa e o jogo acaba. Exatamente por isso, não perca tempo simplesmente vendo o tempo passar e colecionando coisas inúteis. Não deixe a ilusão dos prazeres mundanos lhe dominar, pois que você não está aqui para enriquecer o seu corpo e sim o seu espírito. Grave isso na sua memória e no seu coração: A felicidade não está do lado de fora. Está dentro de você.