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'As drogas me deram asas para voar, depois me tiraram o céu'

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Em alusão à próxima sexta-feira, 26 de junho, Dia Internacional de Combate às Drogas, é que vai versar o meu tema de hoje, logicamente que pelo aspecto espiritual e suas consequências. Esse mal faz parte do estágio evolutivo ainda muito precário em que nos encontramos nesta escola de ensino fundamental do espírito que é o nosso planeta Terra. Quem é adepto e aceita como verdade lógica a multiplicidade das existências, mais conhecida como reencarnação, sabe que, entre uma e outra vida na carne, nos preparamos na outra dimensão para quando aqui retornamos em um novo corpo termos amplas possibilidades de realizar, e por em prática, com sucesso, todo o planejamento reencarnatório elaborado para o novo estágio.

Nem sempre, porém, conseguimos lograr êxito. Muitas vezes, apesar de toda a conscientização e preparação no plano espiritual, sucumbimos perante a materialidade e os prazeres que encontramos aqui, pois que as nossas vulnerabilidades e fraquezas que foram responsáveis, muitas vezes, pelas nossas derrocadas em outras oportunidades em que aqui estivemos, podem, novamente, voltar a aflorar ainda que Deus não dê a ninguém nenhuma prova que esteja acima da capacidade de cada um em suportá-la. O grande problema é que nos falta algo que nos é individual: vontade. Sabemos que com firme vontade de dominar nossos impulsos temos todas as condições para enfrentar e vencer as más tendências que nos acompanharam em vidas pretéritas e que podemos, ainda, trazê-las de forma muito latente.

E a drogadição é uma das maiores causas de muitas derrocadas de almas esperançosas matriculadas nesta escola de ensino espiritual. Seu efeito é tão devastador que excede o corpo físico, atingindo e comprometendo de forma grave o corpo espiritual causando desestruturação não somente fisiológica, social, emocional, mas, principalmente, espiritual. As doenças como o câncer, as cardiopatias, a hipertensão e outras tantas que se instalam no corpo físico e que se alimentam dos seus componentes químicos, com a morte do corpo desaparecem com este. Porém, aqueles males que afetam o psiquismo e que se instalam pela vontade gerada pelas más escolhas através do livre arbítrio, estes permanecem após o cessamento da vida orgânica, pois são doenças do espírito e o espírito não morre, pois que a vida continua apenas que em outra dimensão. O espírito do viciado em drogas, ilícitas e lícitas, em face do estado de dependência a que se acha submetido, após o desencarne continua a sentir a necessidade de consumir a droga.

O que muda depois da transição da morte do corpo é apenas a forma de satisfazer o seu desejo já que a sua nova realidade não lhe permite mais saciar a sua necessidade como fazia quando estava encarnado. Para satisfazer o seu desejo tão intenso quanto antes, precisará associar-se à mente de um viciado encarnado com o intuito de transmitir-lhe sua vontade de consumir droga para, posteriormente, aspirar as energias tóxicas impregnadas no corpo espiritual do viciado e liberadas por este quando a droga estiver sendo consumida. Para conseguir o seu intento o espírito se liga ao seu "colega" encarnado numa espécie de abraço envolvente de forma que os fluidos de ambos se entrelacem e o desencarnado absorva todas as emanações liberadas pelo encarnado.

Essas energias nocivas despejadas do lado de lá, associadas aos efeitos destruidores da droga, afetam de tal maneira o cérebro do viciado do lado de cá que lhe causa diminuição da sua capacidade física, mental e emocional. Diferentemente do que diz a física de que os semelhantes se repelem, neste caso os semelhantes se atraem conforme disse Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier: "O viciado, ao alimentar o vício dessas entidades que a ele se apegam para usufruir das mesmas inalações inebriantes através de um processo de simbiose em níveis vibratórios, coleta, em seu prejuízo, as impregnações fluídicas maléficas tornando-se enfermiço, triste, grosseiro, infeliz e preso à vontade de entidades inferiores e sem o domínio da consciência dos seus verdadeiros desejos".

Nunca estamos completamente sós, pois que o mundo físico e mundo espiritual se unem o tempo todo nos aproximando e nos afastando conforme as nossas tendências. Estamos sempre atraindo espíritos que vibram na nossa mesma frequência tanto para o bem como para o mal. Em face disso, não crie uma dependência maléfica, pois você poderá estar atraindo para si espíritos viciados dispostos a sugar suas energias. Para a sua reflexão a respeito desse mal que afeta de forma devastadora não somente seres de forma individual, mas famílias inteiras, encerro, para sua reflexão, com uma frase altamente sugestiva e completamente verdadeira pronunciada por John Lennon. Disse ele: "As drogas me deram asas para voar, depois me tiraram o céu".


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