colunista do impresso

24 horas para ler

style="width: 100%;" data-filename="retriever">

A proposta de convidar Santa Maria para uma maratona de leitura parte de uma série de eventos e experiências que participamos ativamente desde 2017, nos inserindo ainda mais em tudo o que a leitura poderia fazer pelas nossas crianças, pela nossa cidade e quem sabe, pelo nosso país.

Em dois anos trabalhando na promoção de livros e leituras junto às escolas municipais e estaduais, muitas histórias foram contadas, não só as que estão nos livros, mas principalmente as que os livros inspiraram. Histórias que já foram para a TV, para o jornal e que marcaram muitas vidas. E quando a gente percebe esse poder, quer espalhar.

Em agosto de 2018, fizemos uma mini-maratona em 12 escolas. Uma experiência e uma vivência que fez e ainda faz muita diferença. Crianças, adolescentes, jovens e adultos que eram alunos, professores, pais, irmãos, vizinhos, primos ou mesmo desconhecidos, todos se envolveram na proposta, foram mais de 12 horas de leitura e mais de 5 mil pessoas envolvidas.

Então, pensamos por que não convidar a cidade a fazer parte? Inicialmente uma ideia simples. E é com esta simplicidade que envolvemos milhares de pessoas que amanhã, sexta-feira, 16 de agosto, vão dedicar minutos ou horas para ler. Simples assim.

Tem números que fundamentam todo este trabalho. Segundo dados recentes, mais de 40% dos brasileiros não leem. As últimas pesquisas envolvendo nosso Estado, dão conta de um número maior do que este percentual entre os alunos das escolas. Outra pesquisa, desenvolvida pelo Todos Pela Educação, em parceria com a Editora Moderna, diz que apenas 14,1% das crianças do grupo de nível socioeconômico muito baixo possuem nível suficiente de alfabetização em leitura. Dos 70 países que participam do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) estamos situados em 59º quando o assunto é leitura.

Propomos um desafio, que busca justamente despertar esta reflexão. E fez eco! Temos dezenas de escolas, os shoppings da cidade, clubes de leitura, bares, o Theatro Treze de Maio, secretarias de órgãos públicos, hospitais, imprensa e centenas de pessoas que resolveram se inscrever individualmente. Um esforço que mostra o quanto a leitura é importante, o quanto ela pode ser transformadora.

Teremos ações de escolas na vizinhança, turmas que vão se deslocar para outra escola distante compartilhar suas leituras. Teremos leitura compartilhada no Lar das Vovozinhas. Sim, as vovós vão receber as crianças com leituras maravilhosas preparadas para uma tarde muito animada. Teremos um fusca cheio de livros visitando famílias, lendo e trocando histórias. O Diário vai receber uma turma de crianças para participar de uma sessão de leitura. Teremos leituras por toda parte.

Tudo isso porque a gente não quer só ficar falando dos problemas, mas buscando formas e unindo forças para contribuir com um outro mundo possível. Como diria o nosso imortal Mário Quintana, a quem esta Maratona rende homenagem, "os livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas". #maratonadeleiturasm

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

A imensidão da enfermagem

DR Próximo

DR

Colunistas do Impresso