distanciamento controlado

Cenário da Covid-19 piora, e região de Santa Maria passa para bandeira vermelha

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O cenário da Covid-19 piorou em quatro regiões do Rio Grande do Sul, e as localidades, antes na bandeira laranja, passam para a bandeira vermelha: as regiões de Santa Maria, Uruguaiana, Santo Ângelo e Caxias do Sul. Com isso, comércio deve fechar, e as restrições das atividades devem endurecer, conforme o modelo de distanciamento controlado do governo, atualizado neste sábado. A alteração entra em vigor nesta segunda-feira e permanece inalterada por duas semanas. 

De acordo com o documento, a região de Santa Maria apresentou piora em cinco indicadores de propagação da Covid-19 e um de Capacidade de Atendimento - este referente a Macrorregião Centro-Oeste, que também engloba a região de Uruguaiana.

  • A variação no número de internados por SRAG em UTI, que antes era amarela, passou para preta;
  • A variação no número de confirmados em UTI, que antes era amarela, também passou para preta; 
  • A razão entre casos ativos e recuperados, que antes era laranja, passou para vermelha;
  • O número de novas hospitalizações por Covid, que antes era laranja, passou para vermelha;
  • A incidência de novos óbitos sobre a população, que antes era laranja, passou para preta
  • O número de leitos de UTI lives para atender Covid em proporção de idosos, que antes era amarela, passou para laranja 

Dois indicadores tiveram melhora: a variação semanal do número de novas hospitalizações Covid e a variação no número de confirmados em leitos clínicos, em que ambas passaram de de vermelho para laranja. Mesmo assim, a bandeira final foi a vermelha. Mesmo que na próxima semana a região melhore, ela ainda segue em bandeira vermelha. A localidade só passa para bandeira laranja novamente se se manter por duas semanas seguintes com melhora nos indicadores. 

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HORÁRIOS RESTRITOS
Ontem, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) anunciou três novos decretos com regras mais rígidas para Santa Maria. Apesar dos horários do comércio de rua, que voltariam a fechar às 17h, não valerem já que esse tipo de serviço não poderá funcionar, regras para horários de mercados e ônibus do transporte público vão vigorar a partir de segunda:

  • todos os mercados fecham às 20h
  • ônibus do transporte público só operam até 21h30. A gratuidade dos idosos no transporte público, que funciona somente em determinados horários, continuará em vigor na cidade. Idosos com mais de 65 anos só estão isentos de pagar passagem entre 9h às 11h e 14h30min às 16h. 

Além disso, a restrição de visitas a lares de idosos foi prorrogada, bem como a suspensão de visitas a pacientes de hospitais (algumas instituições já tinham essa norma), permitindo somente a presença de acompanhantes.

O QUE MUDA
A bandeira vermelha representa risco alto de contaminação da doença e, diferente nas bandeiras laranja e amarela, que significam risco médio e baixo, respectivamente, proíbe o funcionamento de diversas atividades econômicas não essenciais. 

Com isso, as lojas de rua devem fechar e os centros comerciais e shoppings só poderão abrir lojas de alimentação, higiene e itens essenciais. Academias de ginástica, clubes sociais e esportivos, missas e serviços religiosos, cabeleireiro e barbeiro, e serviços domésticos também não podem funcionar. 

Veja abaixo o que pode abrir e qual a lotação: 

Comércio varejista 

  • Loja não essencial (rua): Fechado
  • Centro comercial e shoppings: 25% de trabalhadores (só abrem lojas de alimentação, higiene e itens essenciais)
  • Lojas itens essenciais (rua): 50% de trabalhadores 
  • Produtos alimentícios: 50% de trabalhadores 
  • Comércio de veículos: 25% de trabalhadores 
  • Manutenção e reparação de veículos (rua): 25% de trabalhadores 
  • Combustíveis para veículos: 50% de trabalhadores 

Comércio atacadista 

  • Não essencial (rua): 25% de trabalhadores 
  • Itens essenciais: 50% de trabalhadores 

Serviços 

  • Eventos em ambiente fechado ou aberto: Fechado
  • Parques e zoológicos: 50% trabalhadores e fechado ao público
  • Academias de ginástica (inclusive em clubes): Fechado
  • Clubes sociais e esportivos: Fechado
  • Missas e serviços religiosos: Fechado
  • Bancos, lotéricas e similares: 50% de trabalhadores 
  • Imobiliárias e similares: 25% de trabalhadores 
  • Cabeleireiro e barbeiro: Fechado
  • Lavanderias e similares: 25% de trabalhadores 
  • Reparação e manutenção de objetos e equipamentos: 25% de trabalhadores 
  • Contabilidade, consultoria, engenharia, arquitetura, publicidade e outros: 25% de trabalhadores 
  • Advocacia: 50% de trabalhadores 
  • Serviços de administração e auxiliares: 25% de trabalhadores 
  • Agências de turismo e excursões: Fechado
  • Serviços domésticos (faxineiros, cozinheiros, motoristas, babás, jardineiros): fechado
  • Serviços de limpeza e manutenção de edifícios: 50% de trabalhadores 
  • Vigilância e segurança: 75% de trabalhadores 
  • Casas noturnas, bares e pubs: fechado

Alimentação e alojamento 

  • Restaurantes a la carte, prato feito e bufê sem autosserviço: 50% de trabalhadores e fechado ao público, só para tele-entrega, pegue e leve, e drive-thru
  • Restaurantes com autosserviço (self-service): Fechado
  • Lanchonetes e padarias: 50% de trabalhadores e fechado ao público, só para tele-entrega, pegue e leve, e drive-thru
  • Hotéis e similares (geral): 40% dos quartos
  • Hotéis e similares (beira de estradas e rodovias): 75% dos quartos 

Educação 

  • Escolas de idiomas, música, esportes, dança e artes: só ensino remoto 
  • Demais níveis de ensino, como educação infantil, universidade, etc: só ensino remoto

Saúde 

  • Atenção à saúde humana: 100% de trabalhadores 
  • Assistencial social: 100% de trabalhadores 
  • Assistência veterinária: 50% de trabalhadores 

Administração pública

  • Administração Pública - Serviços não essenciais: 25% dos trabalhadores
  • Serviço de habilitação de condutores: 50% dos trabalhadores.
  • Serviços públicos essenciais, como segurança e manutenção de ordem pública, política e administração do trânsito, bem como atividades de fiscalização e inspeção sanitária: 100% de trabalhadores 

Agropecuária

  • Agricultura, Pecuária e Serviços relacionados e produção florestal: 50% de trabalhadores 
  • Pesca e Aqüicultura: 25% de trabalhadores 

Indústria da construção

  • Construção de edifícios, obras de infraestrutura e serviços de construção: 75% de trabalhadores 

Indústria de transformação e extrativa

  • Passam a operar com apenas 50% dos trabalhadores, à exceção das consideradas essenciais, como alimentação, bebidas, fármacos e de extração de petróleo e minerais, que têm o teto reduzido de 100% para 75% de trabalhadores.

Serviços de informação e comunicação

  • Edição e edição integrada à mídia impressa, bem como de produção de vídeos e programas de televisão: 50% de trabalhadores 
  • Rádio e televisão: 75% de trabalhadores 

Serviços de utilidade pública

  • Como Eletricidade, Gás e Outras Utilidades: 100% de trabalhadores 

Transportes

  • O transporte de passageiros passa a operar com apenas 50% dos assentos da janela disponíveis.

QUAIS CIDADES FAZEM PARTE DA REGIÃO
Desde que o modelo de distanciamento controlado entrou em vigor no Rio Grande do Sul, o Estado passou a ser dividido em 20 regiões Covid. A região de Santa Maria engloba, além dela mesma, outras 31 cidades: Agudo , Cacequi, Capão do Cipó, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Itacurubi, Ivorá, Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Paraíso do Sul, Pinhal Grande, Quevedos, Restinga Seca, Santiago, São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi, Unistalda e Vila Nova do Sul.

Na macrorregião Centro-Oeste, Santa Maria também engloba Uruguaiana, das quais fazem parte as cidades de Alegrete , Barra do Quaraí, Itaqui, Maçambara, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Livramento, São Gabriel e Uruguaiana. 

CRITÉRIOS MAIS RÍGIDOS
Na última quinta-feira, , o governador Eduardo Leite (PSDB), acompanhado da coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, apresentou as mudanças no modelo do distanciamento controlado

Com critérios mais rígidos, os indicadores devem se aproximar mais da realidade e avisar com a antecedência necessária o cenário em cada região e no Estado inteiro. Conforme Leany, algumas bandeiras demoravam para alcançar o cenário atual. Agora, em alguns casos, os números usados contarão não só com dados atuais, mas, sim, com a projeção para os próximos 14 dias e, assim, devem evitar o colapso na saúde no Rio Grande do Sul. As mudanças já estão valendo desde ontem. 

Entre as alterações, estão a regra das bandeiras vermelhas e pretas. As regiões que atingiram a bandeira vermelha ou preta - risco alto e altíssimo - precisarão de duas semanas consecutivas em bandeiras menos elevadas - amarela ou laranja - para efetivamente obterem a redução.

Diferente do permitido nas bandeiras amarelas e laranjas, os prefeitos das regiões com situação de bandeira vermelha não poderão aplicar regras mais brandas que as estipuladas pelo Estado. 

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