Tarso Genro responde a quatro perguntas sobre Santa Maria

Governador do Estado e candidato à reeleição, Tarso Genro (PT) passou, nesta segunda-feira, por uma maratona de entrevistas aos veículos do Grupo RBS, inclusive ao Diário de Santa Maria, em Porto Alegre. Ouviu até perguntas sobre futebol e preferiu responder à maioria delas somente para "contribuir para o debate" _ não se mete onde há especialistas na área, explicou mais tarde, quando visitava o programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.

Durante a sabatina, o candidato petista ao governo do Estado respondeu a quatro perguntas sobre temas ligados a Santa Maria: a duplicação da RSC-287, o hospital regional, o déficit de policiais militares e sobre o deslocamento de efetivo da Brigada Militar para o Litoral.

O candidato deixou a sede da RBS no início da tarde, para onde voltaria depois para a última parte da série de entrevistas. Na saída, ainda respondeu a uma pergunta sobre o seu bigode, cujo fim marca seu novo visual:

_ Tirei para ir para a praia. Minhas filhas gostaram e aí deixei.

Às 15h, Tarso começou uma caminhada no centro da Capital. Confira, a seguir, o que o candidato respondeu sobre os temas ligados a Santa Maria.

Diário de Santa Maria _ A RSC-287, principal ligação de Santa Maria com a Capital, já está com um trânsito saturado, e a comunidade pede a duplicação da rodovia. O senhor pretende duplicar toda a RSC-287, de Santa Maria até Tabaí?

Tarso Genro - Se for colocado dentro do Pelt (Plano Estadual de Logística e Transporte), sim, e é isso que estamos discutindo com as regiões neste momento. Lá em Santa Maria, estamos cumprindo o compromisso que assumimos de uma duplicação extremamente importante para a cidade, a primeira demanda que me foi feita pela cidade quando eu me elegi, que é a duplicação da estrada de Camobi. Essa obra deverá terminar no primeiro semestre do ano que vem, certamente ali por março, abril. A duplicação da 287 poderá ser colocada dentro do Pelt. Eles que encaminhem, como encaminharam, de maneira formal, a proposta de duplicação da estrada de Camobi.

Diário _ Em quanto tempo o senhor acha que o Estado conseguirá fazer o novo hospital regional de Santa Maria funcionar a pleno?

Tarso _ A obra está praticamente pronta. Agora, nós temos que verificar qual é a modalidade de funcionamento que o governo federal vai escolher. Você sabe que a prestação de serviços na ponta é feita, em 99% das unidades, ou por entidades filantrópicas, ou por prefeituras ou pelo governo federal. Nosso compromisso com a cidade, de construção do hospital, está praticamente saldado. Nós propusemos recentemente um modelo que o governo federal deverá responder, na minha opinião, até o final do ano, para que, no ano que vem, esse hospital esteja funcionando, que é integrá-lo à Universidade Federal de Santa Maria para servir como hospital de referência não só da saúde pública da região, mas também referência acadêmica.

Diário _ O déficit de policiais militares na região de Santa Maria é de 28%. O que o senhor pretende fazer para reduzir esse déficit e também evitar que, todo ano, sejam enviados policiais de Santa Maria para reforçar o policiamento no Litoral e na Capital?

Tarso - O número de policiais no Rio Grande do Sul aumentou em nosso governo e tomamos uma outra medida, que foi aumentar os recursos para que os policiais permaneçam em serviço. Isso reduziu em 30% as aposentadorias. Agora, nós teremos mais 2 mil policiais que estão sendo concursados neste momento e vamos reforçar essas cidades que apresentam debilidade no policiamento ostensivo.

Diário _ Vai haver deslocamento de efetivo para o Litor"