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Foto: Carlos Alves Moura (Agência Brasil)
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira contra a validade da execução provisória de condenações criminais, conhecida como prisão após a segunda instância. Por 6 votos a 5, a Corte reverteu seu próprio entendimento, que autorizou as prisões, em 2016.
Com a decisão, os condenados que foram presos com base na decisão anterior poderão recorrer aos juízes que expediram os mandados de prisão para serem libertados. Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o julgamento terá impacto na situação de 4,8 mil presos.
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Os principais condenados na Operação Lava Jato podem ser beneficiados, entre eles, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril do ano passado, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), no caso do tríplex do Guarujá (SP), além do ex-ministro José Dirceu e ex-executivos de empreiteiras. Segundo o Ministério Publico Federal (MPF), cerca de 80 condenados na operação serão atingidos.
Lula
A defesa do ex-presidente Lula afirmou que vai levar à Justiça Federal nesta sexta-feira um pedido para que ele deixe a cadeia devido à decisão do Supremo Tribunal Federal que barrou a prisão de condenados em segunda instância. O pedido, segundo nota dos advogados, será encaminhado após reunião com o ex-presidente na sede da Superintendência da PF, onde ele está preso desde abril de 2018.
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Em seu perfil em uma rede social, foi publicada na noite desta quinta a mensagem "#LulaLivreAmanhã". A defesa afirmou que o resultado do julgamento mostrou que a prisão do ex-presidente foi ilegal e voltou a dizer que ele é vítima de perseguição.
Votos
Após cinco sessões de julgamento, o resultado foi obtido com o voto de desempate do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Segundo o ministro, a vontade do Legislativo deve ser respeitada. Em 2011, uma alteração no Código de Processo Penal (CPP) definiu que "ninguém será preso, senão em flagrante delito ou em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado".
Veja como votou cada ministro:
A favor da prisão em segunda instância:
- Alexandre de Moraes
- Luís Roberto Barroso
- Edson Fachin
- Luiz Fux
- Cármen Lúcia
Contra a prisão em segunda instância, ou seja, prisão somente após o chamado trânsito em julgado:
- Celso de Mello
- Marco Aurélio Mello
- Rosa Weber
- Ricardo Lewandowski
- Gilmar Mendes
(Com informações da Folhapress)