Protestos em Santa Maria pedem redução do preço dos combustíveis

Foto: Jéssica Sierote (arquivo pessoal)
Um dos protestos saiu da Avenida Hélvio Basso 

No mesmo dia em que a greve dos caminhoneiros completou 10 dias e que as manifestações nas rodovias começaram a dispersar, outros grupos da sociedade demonstraram apoio a pautas levantadas pelos caminhoneiros, na semana passada, em dois protestos organizados em Santa Maria. Na tarde de quarta-feira, um grupo se reuniu na Praça Saldanha Marinho, no Centro, enquanto outro se concentrou na Avenida Hélvio Basso. 

Mobilização de caminhoneiros encerra na Região Central

A Avenida Hélvio Basso foi palco de uma carreata organizada por um grupo de amigos do Bairro Lorenzi. O grupo é contra o aumento do preço não só do diesel, mas também da gasolina e em apoia os caminhoneiros. Um dos organizadores, o tatuador Luiz Guilherme Colusso, 25 anos, disse que a ideia não é pedir pela intervenção militar. Em publicações no evento do Facebook, diferentes participantes deixaram claro que a manifestação não tem relação com organizações partidárias.  

Uma das participantes foi a representante comercial Jéssica Sierote, 24 anos. Ela estava acompanhada dos pais ,Lili de Souza Almeida, 53 anos e Guiomar Coutinho Sierote, 61. A jovem conta que cerca de 300 carros participaram da carreata que depois, chegou até a Avenida Medianeira:

- Eu sou representante comercial e uso o carro e gasolina para trabalhar. Pago R$ 5 pelo litro de gasolina, e em alguns lugares quase R$ 6. Não é um preço justo, e o meu ganha pão é esse, assim como o do meu pai. Por isso, eu resolvi participar. E também porque não é justo só eles (os caminhoneiros) participarem, o povo não pode ficar de braços cruzados. Até acho injusto o que mostram na TV que eles estão prejudicando todos, eles não estão prejudicando, estão mobilizando todos - comentou Jéssica. 

No sábado, às 14h, o grupo deve participar de uma nova manifestação. A ideia é sair em carreata, da frente da Basílica da Medianeira em direção à Praça Saldanha Marinho. 

NA SALDANHA MARINHO 

Também na tarde de quarta-feira, entidades e movimentos sociais e sindicais, comerciários, estudantes, professores e políticos se reuniram, na Praça Saldanha Marinho, no Centro de Santa Maria, para protestar contra o atual governo do presidente Michel Temer. O grupo distribuiu panfletos informativos à população e aproveitou o momento de paralisações no país para discursar e convidar quem passasse pelo local a participar do debate de temas como o custo de vida, carga tributária, e o valor do gás e do combustível. O ato faz parte do Dia Nacional de Mobilização, realizado paralelamente em outras cidades do país, organizada pela Frente Brasil Popular. 

O grupo esclarece que defende pontos em comum com os dos caminhoneiros, como a redução dos preços dos combustíveis e a política atual de ajuste de preços. Uma das bandeiras da Frente Brasil Popular é a Petrobras 100% estatal. Eles distribuíram panfletos para pessoas que passavam pela praça.