Presidente empossado

Lula sobe a rampa do Planalto acompanhado de representantes da sociedade e se emociona ao falar da fome

Cerimônia de posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Eleito em 30 de outubro de 2022, o ex-metalúrgico  Luiz Inácio Lula da Silva (PT), aos 77 anos, tomou posse como 39° presidente da República. A cerimônia de posse dele e do vice-presidente, ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), iniciou às 14h em Brasília. A solenidade começou com o desfile do presidente e da primeira dama, a socióloga Rosângela Lula da Silva, em carro aberto. Junto deles, no mesmo carro, estavam Alckmin e a esposa, Lu Alckmin. Às 15h, no Congresso Nacional, Lula e Alckmin participaram da sessão solene no Congresso. A capital federal recebe cerca de 300 mil pessoas para a posse.


No Roll-Royce, o carro presidencial, o presidente e vice-presidente, junto das esposas, percorreram cerca de um quilômetro e 300 metros, e se encaminharam até a Esplanada dos Ministérios. Pela segunda vez na história do país, o vice-presidente desfila no mesmo carro do presidente na cerimônia de posse. A primeira vez foi no primeiro mandato de Lula, em 2003, onde o presidente desfilou ao lado do vice-presidente da época José Alencar. Recebidos pelo presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (Progressistas) e pelo presidente do Senado Federal (PSD) Rodrigo Pacheco, as esposas caminharam pela rampa do Congresso Nacional, e por fim, os quatros. 

Início da cerimônia

Rodrigo Pacheco, ao iniciar a solenidade, presta condolência ao Pelé e ao papa emérito Bento 16. Também foi realizado um minuto de silêncio em homenagem ao falecimento dos dois. A mesa foi composta pelo presidente e vice, Arthur Lira, Rodrigo Pacheco, a presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil Rosa Weber, o procurador-geral da República Augusto Aras e o primeiro-secretário do Congresso Nacional Luciano Bivar. Depois da execução do Hino Nacional, Luciano Bivar lê e Lula e Alckmin se comprometem com os termos de posse. Assim, Pacheco empossa ambos como novos mandatários do Brasil. Na hora da assinatura do termo, Lula quebra o protocolo e conta a história da caneta usada para a assinatura, ganhada de um apoiador em 1989.   

Em um discurso com duração de trinta minutos, Lula inicia falando sobre sua vitória nas urnas se deve à “consciência política da sociedade brasileira e frente democrática montada”. O presidente empossado também reforçou a seguridade das urnas e “a atitude corajosa do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral de enfrentar ofensas e ameaças para fazer valer a soberania do voto popular”. Além disso, Lula reforça o primeiro discurso como presidente em 2003, sobre o cumprimento da missão de cada brasileiro comer pelo menos três vezes ao dia. Complementa dizendo que, tendo em vista o avanço da fome e miséria, pretende cumprir novamente este desejo. Lula reforça as palavras de esperança, reconstrução e soberania. Também diz assumir “o compromisso de fazer o Brasil novamente um país de todos e para todos”. 

A cerimônia dentro do Congresso durou cerca de uma hora.

Discurso no Parlatório

Cerimônia de posse do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto

Na presença de Resistência, a cachorrinha de Lula e Janja, Lula sobe a rampa do Palácio do Planalto ao lado de representantes da sociedade civil: Francisco, 10 anos, morador de Itaquera, Aline Sousa, 33 anos, mulher negra e catadora, Cacique Raoni Metuktire de 90 anos, Wesley Rocha, metalúrgico de 36 anos, Murilo Jesus de 28 anos e professor, a cozinheira Jucimara Santos, Ivan Baron, que tem paralisia cerebral e o artesão Flávio Pereira de 50 anos. A faixa é passada por Aline, tendo em vista a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos na última sexta-feira (30), deixando assim de passar a faixa presidencial ao presidente eleito.

No discurso já como presidente no Parlatório, Lula reforça que governará para todos, não apenas para quem votou nele. De início, relembra o período em que esteve preso e apoiadores saudavam ele todos os dias com “Bom dia, presidente Lula”. Emocionado, o presidente chora ao falar de trabalhadores desempregados exibindo nos semáforos “cartazes de papelão que envergonham a todos, com pedidos de ajuda”.

O mandato de Lula inicia em 1° de janeiro de 2022 e termina em 31 de dezembro de 2026.



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Letícia Klusener

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