Santa Maria é a cidade mais preparada para receber a nova Escola de Sargentos das Armas (ESA) na opinião de mais de uma dezena de generais do Exército Brasileiro já ouvidos pelo Diário em mais de um ano. Isso é fato e está posto, reitera-se.
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Uma interferência política na decisão do município que sediará o complexo militar não será apenas a decepção de toda uma cidade, mas uma ingerência custosa à instituição militar, que terá que pagar mais caro para se instalar em outra cidade enquanto já tem tudo pronto aqui, sem contar na perda de autonomia do Exército, que, se assim for, terá que se curvar a uma determinação de governo que, neste caso, parece não servir aos interesses do Estado.
Bolsonaro pode desequilibrar a disputa pela ESA
Ao definir a cidade-sede da ESA, o Exército está tomando uma decisão que impactará nas próximas décadas, não apenas a Santa Maria, mas a própria instituição. É literalmente a escolha de uma vida para o Exército. Por isso, uma deliberação política puxada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é danosa, já que governos passam, mas seus interesses próprios - e aqui leia-se eleitoreiros - podem impactar no que, de fato, é melhor à instituição.
TÉCNICA
Dezenas de alto oficiais do Exército Brasileiro estão envolvidos neste processo de escolha. Eles visitaram as cidades, conheceram suas potencialidades e fizeram pontuações para embasar, a partir da técnica e da excelência, qual é a mais preparada para receber a ESA. Uma das instituições de Estado mais respeitadas do país e que preza pela observância das leis não pode ficar dependente e subjugada aos interesses políticos.