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Escolha a reitor foi alvo de mobilização de estudantes e entidades em Santa Maria

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Pâmela Rubin Matge (Diário)
Ato ocorreu em frente à Reitoria da UFSM

O receio de uma eventual política intervencionista e de retrocesso educacional foram argumentos de estudantes, coletivos e entidades sindicais em um ato público em frente à Reitoria da UFSM na tarde desta terça-feira. Na véspera da polêmica e já considerada histórica eleição a reitor - que deve definir nesta quarta-feira os nomes que formarão a chamada lista tríplice - cerca de 70 pessoas criticaram, sobretudo, a candidatura de Rogério Koff.

É que neste pleito, Koff não participou da pesquisa de opinião junto à comunidade acadêmica e ingressou com um mandado de segurança na Justiça Federal na tentativa de impugnar a candidatura dos outros três nomes - Luciano Schuch, Martha Adaime e Cristina Nogueira. Ainda na segunda-feira, a 3ª Vara da JF negou o pedido em decisão liminar. Em carta aberta, Koss expôs os motivos de não ter participado.

A eleição tem, pois, atravessado desdobramentos  judiciais, recomendações do Ministério Público Federal (MPF) e acusações nas redes sociais.

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O encontro desta terça, que começou às 15h40min e durou cerca de 1h30min, teve, entre outras representações, a adesão do Diretório Central dos Estudantes (DCE), União Nacional dos Estudantes (UNE), Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm), Movimento Negro Unificado, Práxis Educação Popular, Sindicato Nacional dos Servidores Federais (Sinasefe), Coletivo Ecoar e Levanta Santa Maria.

O grupo reivindicava por democracia sem isentar críticas à metodologia do processo eleitoral deste ano. Represálias contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a favor da vacina contra Covid-19 também foram pautadas. 

Estudante de Direito e coordenador do DCE da UFSM, Luiz Eduardo Boneti, 21 anos, reiterou:

- O Diretório Central das e dos Estudantes, juntamente as entidades de representação das categorias da UFSM tem construído uma grande campanha contra a intervenção na UFSM. Em meio a manutenção de uma política do atual governo federal que intervém na nomeação de reitores Brasil afora, é essencial que o processo democrático, realizado por meio da consulta a comunidade, seja respeitado. Precisamos de uma gestão administrativa que se comprometa com a democracia, e não que se aproveite da política de intervenção para alçar à Reitoria. Por isso, nosso ato público  foi um apelo da comunidade acadêmica aos conselhos superiores, para que respeitem a decisão da comunidade,e também uma denúncia das aspirações antidemocráticas que estamos enfrentando.

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Pâmela Rubin Matge (Diário)

Por alguns minutos, o atual reitor da UFSM, Paulo Burmann, assistiu às manifestações acompanhado de servidores da universidade.

Ao Diário, Koff manifestou-se por telefone:

- É um ato democrático como qualquer outro, dentro de uma eleição que é legítima e legal. Mas como estou com a consciência tranquila, isso em nada me afeta ou a minha candidatura. A democracia possibilita.

VOTAÇÃO

A votação para Reitoria ocorre a partir das 8h30min desta quarta-feira em formato virtual. Cada conselheiro poderá votar em um candidato a reitor, de forma uninominal. Após apurados os 124 votos, será confeccionada a lista tríplice, pela ordem dos votos obtidos.

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