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Eduardo Leite renuncia ao governo do Estado e pode concorrer à presidência do Brasil

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Karine Viana (arquivo/divulgação) 

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite anunciou a renúncia ao cargo para concorrer à eleição majoritária brasileira. Ele não especificou se vai ser candidato a presidente da república ou senador. Leite disse que respeita as prévias do partido, que definiram João Dória, atual governador de São Paulo, como pré-candidato à presidência, e que quer consultar o consórcio de partidos que estão em busca de "um alinhamento para somar e não dividir". A decisão da renúncia foi tomada em conjunto, de acordo com o governador, com a União Brasil, a Federação Cidadania e o MDB. Conforme ele, são novos atores que passam a integrar o processo e que não foram consultados nas prévias. Segundo Eduardo Leite, "as prévias não perdem a legitimidade, porém não tem exclusividade".

- Essa eleição é decisiva, crítica e a mais importante da história recente do país. A renúncia me abre muitas possibilidades e não me retira nenhuma. Estarei onde melhor puder construir caminho para a política que eu acredito - afirmou.

Leite também falou que permanece no PSDB, depois de especulações de que ele deixaria o partido para se filiar ao PSD. Ele alega que possui identificação com os tucanos na forma de ver a política e o Brasil, e que a carta assinada por mais de 20 lideranças do PSDB o sensibilizou. Ele agradeceu Gilberto Kassab, presidente do PSD, que, de acordo com ele, colocou um caminho de forma firme e clara para que ele pudesse concorrer pelo partido.

- Eu faço política por missão, o que realmente importa é melhorar a vida das pessoas. Essa escolha impacta mais do que a minha própria vida. Foi uma decisão ponderada, muito pensada. Essa é uma renúncia ao poder para não renunciar à política. Tenho convicção de que preciso participar dessa eleição. Preciso de liberdade e disponibilidade para me movimentar. Eu não estou saindo, estou me apresentando - disse o governador em vídeo veiculado antes da coletiva. 

Eduardo Leite também destacou que, até o momento da convenção que homologa o candidato a presidente, há a possibilidade de negociação e discussão e que não considera um "golpe" a tentativa de ser candidato a presidente pelo PSDB, mesmo que já exista um nome como pré-candidato. 


A renúncia é uma exigência imposta pela legislação eleitoral para que ele possa concorrer nas próximas eleições. A transferência do cargo para o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior se dará nesta quinta-feira. 

Ao ser questionado sobre as próximas eleições estaduais, Leite deixou claro que vai apoiar o atual vice-governador, delegado Ranolfo. Entretanto, não descarta disputar à reeleição caso a candidatura a presidente não se confirmar. 

- Eu não optei pelo caminho fácil, que seria a reeleição ao governo do Estado. Estou atendendo um chamado de muitas pessoas que entendem que eu devo liderar o projeto para o Brasil. Me coloco à disposição. 

Durante a coletiva, o governador também disse que assume qualquer posição para ajudar o Brasil, mesmo que seja nos bastidores, mas que se sente preparado para assumir uma proposta que proporcione mudança para o país. Ele também não afasta a possibilidade de conversa de aliança com os pré-candidatos Sérgio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT). 

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