
Foto: Divulgação
Economista ultraliberal assumirá o comando do país em dezembro para um mandato de quatro anos
O economista de direita Javier Milei, do partido A Liberdade Avança, venceu o segundo turno das eleições presidenciais da Argentina neste domingo (19). Até as 20h40min, com 86% das urnas apuradas, ele somava 55,95% dos votos, contra 44,04% de Sergio Massa, candidato da coligação governista.
Neste domingo, Massa, que é o atual ministro da Economia, fez um pronunciamento e admitiu a derrota.
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Considerado um ultraliberal, Javier Milei, 52 anos, assumirá em dezembro para um mandato de quatro anos.
A vitória do direitista já vinha sendo prevista pelas pesquisas de opinião. Milei virou o jogo político, já que havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, com Massa em primeiro.
Quem é o novo presidente
Milei é economista e professor universitário. Antes de ingressar na política, trabalhou em banco e em uma empresa de fundos de aposentadoria e pensões.
Durante a campanha presidencial, ele apresentou propostas radicais para salvar a economia argentina, como adotar o dólar como moeda e privatizar o Banco Central. Agora, o economista terá de administrar uma das piores crises econômicas da Argentina, cuja inflação anual está na casa de 130% e o nível de pobreza da população atinge índices recordes.
Lula deseja boa sorte, mas não cita novo de Milei
Nas redes sociais, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumprimentou o vencedor da eleição argentina e desejou boa sorte ao novo governo, mas não citou o nome de Javier Milei.
"A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada. Meus parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de forma ordeira e pacífica. Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos", escreveu Lula, que apoiava o candidato governista Sergio Massa.