Foto: Agência Brasil
Comissão Especial da reforma da Previdência é presidida pelo deputado Marcelo Ramos (ao centro)
Após a tentativa frustrada do governo de reduzir a idade mínima para aposentadoria dos policiais federais, a comissão especial da Câmara dos Deputador que analisa a Reforma da Previdência encerrou a sessão iniciada na quarta-feira sem votar o relatório da proposta. A votação deve reiniciar na manhã de hoje.
Por intervenção direta do presidente Jair Bolsonaro, um acordo chegou a ser selado para reduzir a idade mínima de aposentadoria desses profissionais, mas a mudança foi considerada insuficiente e acabou derrubada, mantendo a proposta original do governo. Com isso, a idade mínima para a categoria continua sendo 55 anos.
A manutenção da idade mínima aos 55 anos para policiais federais consta do novo voto do relator da reforma da Previdência, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). Antes do início da sessão, que começou com sete horas de atraso, líderes partidárias haviam anunciado um acordo para reduzir para 52 anos para mulheres e 53 anos para homens, a idade mínima de aposentadoria para os policiais em nível federal.
Mais cedo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que a suavização das condições de aposentadorias para policiais que servem à União criaria um efeito cascata que desidrataria a reforma da Previdência. A declaração ocorreu depois que Maia se reuniu com Moreira e o presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
NOVA SESSÃO
A expectativa é que o relatório da reforma seja votado hoje. Antes de seguir para a análise do plenário da Casa, a comissão precisa votar o texto-base e destaques - propostas de alteração no texto.
Até o encerramento da sessão da madrugada, 138 destaques ao texto haviam sido apresentados. Desses, 25 eram de bancada, que não podem ser votados em bloco e exigem discussão e apreciação um a um.
Técnicos do Legislativo estimam que esse processo levará ao menos oito horas.