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A nada pacata vida política de Itaara

Maurício Araujo

Com uma população de pouco mais de 5,5 mil habitantes, a pequena Itaara vive um tormento político típico das grandes cidades e digna de um roteiro impensável até então. O cenário de instabilidade é provocado - e aqui não se avalia o mérito das questões - pelos dois poderes, sendo que um deles é comandado por um religioso em primeiro mandato: o prefeito Silvio Weber (PSB). Nem muita oração vai livrar o chefe do Executivo de enfrentar cinco desgastantes Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Legislativo da cidade serrana. Em menos de 11 meses de governo, são várias as denúncias investigadas pelos vereadores, que passam por eventuais irregularidades em contratos licitatórios (já concluída e encaminhada ao Ministério Público) até viagens do prefeito a Brasília durante o carnaval. Outras três comissões serão instauradas após denúncias de servidores, que, por sua vez, estavam afastados. Esses mesmos funcionários públicos já tinham sido alvos de Weber, que, em julho, protocolou notícia-crime contra os dois por supostamente terem praticado condutas ilegais no exercício da função pública.

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Acontece que o dinamismo político de Itaara tem assustado os moradores. A cidade pacata e reduto de quem busca tranquilidade se tornou um turbilhão de acontecimentos e, igualmente, de denúncias. Se na maioria das doutrinas religiosas o "perdão" é sinônimo de purificação espiritual, no Legislativo de Itaara, a questão é tratada bem diferente, e os vereadores prometem que cumprirão com suas prerrogativas institucionais de fiscalização, sem poupar quem quer que seja, nem mesmo o prefeito/ex-padre.

CONTRAPONTO

A prefeitura de Itaara afirma que respeita a independência do Legislativo municipal e vai contribuir para todos os esclarecimentos acerca das comissões. O chefe de Gabinete, Zenir Oliveira, reforça que, em relação às três novas comissões - que devem ser instauradas nesta terça-feira -, o Executivo já prestou esclarecimentos ao Ministério Público. A primeira delas é relativa a uma viagem feita por um diretor com um veículo público; a segunda sobre a contratação de uma empresa que fez trabalhos de infraestrutura; e a terceira em relação a contratação de uma empresa contábil para fazer uma consultoria à prefeitura.

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Segundo o chefe de gabinete, a primeira questão já foi investigada pelo MP e o procurador pediu arquivamento do caso; a segunda também é acompanhada pelo Ministério Público desde setembro e o município está prestando as informações; e a terceira o órgão recomentou a suspenção da contratação, o que foi feito pela prefeitura.

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