Eleições 2024: confira o cenário em Santa Maria após o fim do prazo para troca de partido e novas filiações

O cenário eleitoral em Santa Maria para as eleições de 2024 se alterou com o período aberto para vereadores e outros políticos interessados em concorrer no pleito de outubro trocarem de partidos, além de novas filiações.

Com o prazo encerrado para parlamentares da Câmara na sexta-feira (5), e para os demais políticos se filiarem ou mudarem de legenda, no sábado (6), confira como ficou o panorama na cidade.

Partidos ganharam e perderam. E há legendas que não foram afetadas pelas mudanças.

Anúncio sim, e menos um

O MDB confirmou, finalmente, nos últimos dias de março a pré-candidatura a prefeito do atual secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel. O partido, agora, conversa com partidos para alianças – o aliado preferencial é o Progressistas de vice. 

Já na janela partidária, o MDB acabou com menos um vereador, porém a sigla não lamenta, já que divulgou nota autorizando Tubias Callil a procurar outras legendas. Alvo de muitos boatos de possível saída, Adelar Vargas, Bolinha, e Rudys Rodrigues permaneceram na bancada do MDB.

Desejo por frente

Nome do Novo a prefeito, o ex-deputado Giuseppe Riesgo continua esperançoso em construir uma frente de direita com Progressistas e PL, que terá pré-candidatura própria. Recentemente, Giuseppe e outros nomes do Novo foram apresentados como pré-candidatos em evento na Capital. 

Na semana que passou, o partido oficializou o ingresso do ex-vereador João Kaus ao Novo, já anunciado anteriormente. Antes, o ex-vice-prefeito Luiz Carlos Druzian havia se filiado.

Fica onde está, mas...

O presidente da Câmara de Vereadores Manoel Badke, Maneco, foi um dos nomes especulados na janela para trocar o União Brasil (UB) pelo Republicanas, sigla pela qual seu filho, Guilherme Badke, concorrerá a vereador. 

Voz dissonante do UB por ser contrário à aliança com o PT, do pré-candidato a prefeito Valdeci Oliveira, Maneco decidiu permanecer na legenda e, assim, mantém a bancada no Legislativo. “Ficarei no UB e serei um paralelepípedo na coligação”, afirmou Badke, fiel aliado do governo Jorge Pozzobom (PSDB) e apoiador declarado do pré-candidato Rodrigo Decimo (PSDB) a prefeito.

Recepção trabalhista

O PDT, do pré-candidato a prefeito Paulo Burmann, promoveu ato de mobilização e recepção dos novos filiados. Entre eles, a médica Cida Brizola (ex-União Brasil) e o líder comunitário Zaloar Soares (ex-Progressistas). 

Com o acréscimo dos dois nomes, o partido reforça a nominata a vereador, junto à única representante da legenda na Câmara, Luci Duartes. Sobre alianças, o PDT busca um vice identificado com os ideais trabalhistas.

A melhor janela

O Partido Liberal (PL) teve a melhor janela entre todos os partidos da cidade. O giro de 360 graus começou com a destituição, em março, da antiga direção e da pré-candidatura a prefeito de Ewerton Falk pela cúpula nacional, sob influência do deputado federal Luciano Zucco. 

Dos desdobramentos dessa decisão, o PL, que, até então, não tinha nem bancada na Câmara, abocanhou dois parlamentares do Progressistas: Coronel Vargas e Roberta Leitão, a primeira a se filiar e, ao mesmo tempo, ser alçada a nova presidente do PL. No caso do terceiro vereador, o MDB deu um empurrãozinho ao externar publicamente que não queria mais Tubias Callil em seus quadros. 

Agora, o PL se iguala em número às bancadas do PT e PSDB. Na sexta, com a presença do deputado Zucco, ocorreu um ato de oficialização da nova direção e filiados, com direito à chamada de vídeo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que prometeu vir à cidade na campanha. 

Foi confirmado, ainda, o ingresso oficial ao PL do ex-candidato a prefeito Jader Maretoli. Agora, o PL trabalha para lançar pré-candidato a prefeito, a partir de uma pesquisa que será realizada. Mas entre os nomes cotados, estão Coronel Vargas, Roberta e Tubias.

Bancada de um

O Partido Social Democrático (PSD) saiu da janela partidária com bancada no Legislativo santa-mariense. No apagar das luzes, o presidente do PSD, Jorginho Leal, conseguiu trazer para a sigla o comunicador e professor Paulo Ricardo Pedroso, ex-PSB. 

Já sobre alianças à prefeitura, o partido se reuniu com todos os pré-candidatos e, só depois de concluir a nominata a vereador, tomará a decisão. A consequência da saída de Paulo Ricardo é o encolhimento do PSB, que ficará com único parlamentar: Danclar Rossato. A legenda é outra que tem dialogado com vários partidos, como PSDB e PT nos últimos dias. Mas também fechará sua lista à Câmara para depois anunciar apoio e até pode compor como vice.

Inferno astral

O Progressistas viveu seu inferno astral com a janela partidária. Em pouco mais de uma semana, a bancada de quatro vereadores ruiu e se resume hoje ao vereador Pablo Pacheco, também presidente da sigla. Os vereadores Anita Costa Beber (Podemos), Coronel Vargas (PL) e Roberta Leitão(PL) aproveitaram a janela e migraram para outros partidos. Além disso, o Progressistas perdeu o 1º suplente Zaloar Soares, que foi para o PDT. 

Para amenizar um pouco o baque, o partido absorveu parte dos membros que o PL destituiu da sua direção, entre eles Ewerton Falk, que teve a ficha  abonada pelo presidente estadual do Progressistas, Covatti Filho.

 
Quanto a coligações à prefeitura, o Progressistas, apesar de ter conversado com o PSDB com a participação de Covatti Filho, está mais dividido entre apoiar o Novo ou o MDB, com mais chance para este último. O próprio Pacheco tende a ser o nome para compor a majoritária, independentemente do partido da aliança.

Dupla mantida

O vereador Getúlio de Vargas foi convidado pelo PL para ingressar nos seus quadros e até ficou balançado com a possibilidade. Mas, após avaliação com familiares e apoiadores, decidiu que o “melhor para sua caminhada partidária” seria a permanência no Republicanos, decisão comemorada pelo colega de bancada e presidente do partido, Alexandre Vargas. 

Em relação à prefeitura, o Republicanos fechou apoio ao vice-prefeito Rodrigo Decimo, pré-candidato do PSDB.

Tucano oficial

O vice-prefeito Rodrigo Decimo, desde a última quinta-feira (4), é oficialmente tucano. Em tom de pré-campanha, o vice teve a ficha abonada pela principal liderança na cidade, o prefeito Jorge Pozzobom. O ato no CPF Piá do Sul reuniu legendas apoiadoras do governo, além de partidos que foram só prestigiar a filiação do pré-candidato a prefeito. 

Em vídeo, a presidente estadual do PSDB, Paula Mascarenhas, prefeita de Pelotas, e o governador Eduardo Leite deram as boas-vindas aos mais novo tucano. O PSDB dialoga com outros partidos, como PSD e PSB, em busca de uma coligação e também de um vice, vaga que está aberta. No Legislativo, embora algumas especulações, os tucanos mantêm os três vereadores: Admar Pozzobom, Givago Ribeiro e Juliano Soares.

Podemos dois

Pré-candidato a prefeito do Podemos, Tony Oliveira conseguiu convencer a vereadora Anita Costa Beber a trocar de partido e se somar a sua bancada. 

O Podemos saiu da janela, portanto, com dois parlamentares. Já quanto a apoios a Tony, as direções estadual e municipal têm conversado com outras legendas. Não há novidades, por enquanto.  

Situação estável

Pré-candidato a prefeito do PT, Valdeci Oliveira já tem uma aliança: a federação PT/PCdoB e PV e União do Brasil, do qual é seu vice, o ex-prefeito José Farret. Ele tem o apoio, ainda, do PSol-Rede e tenta a adesão do PSB e PSD, partidos que têm flertado com diferentes pré-candidatos. 

Na Câmara, mantém sua bancada enquanto federação: Helen Cabral, Marina Callegaro, Werner Rempel e Valdir Oliveira. Valdeci e Farret têm participado de encontros do movimento “Diálogos por Santa Maria” para elaborar plano de governo. Farret chegou a ser alvo de boatos de troca de partido negados pelo UB. Na janela, aliás, o UB filiou os ex-vereadores Marion Mortari e Ovídio Mayer.

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