Uma iniciativa que promete mudar a realidade de muitos animais de tração de Santa Maria está sendo colocada em prática.
Depois de participar de debates na Câmara de Vereadores, o coordenador do Centro de Reabilitação Equina do Hospital Veterinário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Marcelo Soares, percebeu a falta de informações e a necessidade de ir atrás de dados concretos que mostrem a atual condição de saúde dos cavalos que circulam pelo município.
Por isso, estudantes do curso de Medicina Veterinária da UFSM estão coletando fezes, sangue e dados clínicos dos animais para que sejam analisados e possam, assim, chegar a um levantamento mais detalhados. A iniciativa favorece a formação dos alunos, ao mesmo tempo em que contribui com a sociedade ao garantir o bem-estar dos animais.
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– É um trabalho complexo, sem custo e de boa vontade que estamos realizando. O Centro de Reabilitação Equina se propôs a isso, tanto é que a gente está cadastrando as pessoas e os animais. A nossa intenção é que, no momento em que tivermos os resultados de todas essas coletas, possamos voltar e fazer a chipagem desses animais. Esses cavalos vão ficar cadastrados. Com isso, no momento em que essas pessoas precisarem ou quiserem mais atenção individual, nós vamos estar com a ficha do animal para fazer do todo o acompanhamento e, sempre que for possível ir alimentando essa ficha – explica o médico veterinário.
Para chegar até os proprietários, a equipe conta com o apoio do coordenador da Central de Bem-Estar Animal da prefeitura de Santa Maria, Alexandre Caetano, que conhece bem a comunidade e que trabalha há bastante tempo com os equinos.
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– Nós sabemos que aproximadamente 2 mil cavalos estão em vulnerabilidade de trato e nutrição na cidade, mas esse número pode ser maior, e não sabemos se vamos conseguir avaliar todos eles. O que a gente puder fazer, a gente vai fazer – ressalta Caetano.
As ações de coleta foram realizadas no bairros e vilas do município, como Maringá, Oliveira, Jockey Club, Jardim Berleze, Perimetral Dom Ivo Lorscheiter, Tomazeti e Km 2. Da última segunda-feira até agora, 91 cavalos passaram pela análise. Nesse primeiro momento, a expectativa é que pelo menos 120 animais passem pela triagem. Por isso, a atividade terá continuidade hoje e amanhã.
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A dona de casa Maria Elizabeth Pedroso, 58 anos, soube da ação e aproveitou para levar o burro Policarpo para passar pela análise.
– Lá em casa, temos o Policarpo (burro) e o Mulato (petiço), que têm 10 anos e nunca fizeram exames. Ficamos felizes com o que eles estão fazendo por nós – conta.