Foto: Deni Zolin (Diário)
Apesar de avanços nas obras de duplicação da BR-290 perto de Pantano Grande, em dois dos quatro lotes da construção, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou que não será possível entregar nenhum quilômetro duplicado agora em 2025. Ao contrário do que havia sido previsto no começo do ano, a ideia era liberar pelo menos mais 10 km da duplicação, mas isso acabou não sendo possível, segundo o superintendente do Dnit no Estado, Hiratan Pinheiro da Silva. Desde 2023, 14 km estão em uso pelos motoristas entre Pantano Grande e o trevo para Cachoeira do Sul, do total de 115 km do trecho prometido em 2014. Ao todo, já foram gastos mais de R$ 300 milhões na obra.
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Quem passa pela rodovia, que é uma das principais ligações de Santa Maria e da Fronteira com Porto Alegre e o litoral, tem visto máquinas e operários perto de Pantano Grande e Minas do Leão, nos lotes 3 e 4 da duplicação. Esses lotes são os únicos que estão em obras – eles correspondem a 55,7 km do projeto total de 115 km.
Nos 28 km do lote 4, entre um trecho perto do trevo de Cachoeira e Pantano Grande, mais de 25 km estão com base e pavimentação concluída. Desses, 14 km estão em uso, e a intenção era liberar mais 7 km em 2025. Porém, obras de pontes seguem andando, mas ainda não foram concluídas. Diante disso, o Dnit não prevê a liberação ao tráfego de novos trechos este ano, como era previsto.
Já nos 27 km do lote 3, entre Pantano e Butiá, há mais de 20 km de terraplenagem pronta, sendo 9 km já asfaltados. Porém, ainda é necessário outros acabamentos e concluir pontes.
Segundo Hiratan, a conclusão desses trechos mais adiantados da obra para 2026 vai depender da aprovação de verbas para a BR-290 no Orçamento da União. Diante disso, ele ainda não consegue estimar quantos quilômetros da duplicação devem ser entregues no ano que vem.
Quanto aos lotes 1 e 2, que vão de Eldorado do Sul (perto de Porto Alegre) até Butiá, Hiratan diz que o Dnit está perto de concluir a contratação da construtora que ficou em segundo lugar no lote 2 da licitação de 2014 e acabou aceitando assumir o contrato e a obra. Diante disso, se tudo correr bem e houver verbas no Orçamento de 2026, deve ocorrer a retomada da duplicação entre Butiá e Arroio dos Ratos.
Já o lote 1, de Arroio dos Ratos à BR-116, em Eldorado, o contrato foi rescindido em junho passado e, agora, o Dnit vai contratar uma empresa para fazer a análise do que foi feito e o que falta. Assim, uma nova licitação deve ser lançada em 2026 para retomar a obra no trecho perto da Região Metropolitana, que é uma dos mais movimentados e perigosos. Se tudo correr bem e houver verbas, não deve ficar pronta antes de 2029.
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