Três na guerra

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Três na guerra
Já disse e escrevi, mas não custa repetir, tenho me preocupado em tratar em meus comentários sobre o cotidiano, principalmente de nossa querida Santa Maria, minha terra natal. Mas, lógico, que me é permitido abordar temas em geral e sendo assim, prefiro os construtivos. Não é do meu íntimo usar de oportunidades para criticar algo ou alguém, no mais que faço e revelar se gosto ou não.

Sendo assim, permito-me e acho que tenho esse direito, de revelar a razão de apoiar e amar tanto o nosso Brasil. Para continuar, sem rodeios ou justificativas, vou logo dizendo que somos – eu, Bijú, Levi e Leize – filhos de um expedicionário e sobrinhos de dois outros que estiveram em campos de batalha, na Itália, por ocasião da Segunda Grande Guerra Mundial. Nosso Pai, Sargento à época, Gil Alves e seus Irmãos Celso e Célio, sem saber um do outro, estavam por lá e só souberam que eram os três por ocasião de um ferimento no Tio Celso quando se encontraram no Hospital de Campanha onde, surpresos, se abraçaram e abraçados derramaram algumas lágrimas. Situação essa que graças a Deus, não era tão grave e que deixou os três prosseguirem guerreando contra países não tão democráticos.

Guerreando em uma Guerra que não era nossa, de Brasileiros, mas sim de outros povos e em terras distantes. Sei, pois ainda que muito jovem, ouvia de minha Mãe Dona Maria, seguidamente expressões tais como: “O que o Gil foi fazer lá, tão longe de nós e tão perto do perigo?” Sei também que minha avó paterna Dona Celanira, lá na hoje Panambi, junto as suas rezas, revelava: “Acho que ninguém tem três filhos nessa maldita Guerra.” E tenho certeza de que os nossos Pracinhas, lembrando da Canção, muito cantada naquela época: “Você sabe de onde eu venho?” repetiam e repetiam: “Não permita Deus que eu morra sem que volte para lá”. Lá significava o nosso Brasil!

Outro dia, com prazer, apreciei um manifesto de brasilidade do Nelson Freitas, ator, artista e comediante em que ele elogiava nossos pracinhas e suas presenças em campos brancos de neve, para ajudar a espantar mal feitores de então. Inclusive ilustrando com “ditos”, por exemplo, do escritor Eduardo Galeno, tais como: “Nos somos aquilo o que fazemos, mas sobretudo o que fazemos para transformar aquilo que somos!” Quanta verdade em tão poucas palavras!

Seguindo um conselho vindo não sei de quem e tampouco de onde, tenho procurado “carregar na vida não mais do que cabe no meu coração”. Talvez a idade tenha me levado a isso. Ou a própria vida… E, por ser assim confesso: “Eu amo o meu País, amo ser gaúcho/nordestino e Brasileiro e tenho certeza de que teremos um futuro muito melhor. Basta que não tenhamos mais corrupção e corruptos. Está um tanto difícil, mas nunca impossível!”

Para encerrar, um dito não tão novo e que vale sempre e que deveria ser sempre lembrado: “Não ame tanto a vida ao ponto de deixar de viver!” Complemento: ” Há tantas pedras no caminho, mas, com cuidado e paciência, poderemos transpô-las!” Um abraço a todos!

Texto: Bira AlvesJornalista

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