Nova Santa Marta

Trabalhadoras da Associação de Recicladores Pôr do Sol lutam para manter serviço ativo

Dandara Flores Aranguiz

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Elas têm coragem e são exemplo de força de vontade. Em meio a garrafas, papelão, sacolas plásticas e latinhas, sete mulheres travam uma batalha diária para manter ativo o trabalho de reciclagem de materiais na região oeste de Santa Maria. O grupo faz parte da Associação de Recicladores da Vila Pôr do Sol (ARPS), que foi criada há 10 anos. Graças a iniciativas e parcerias com instituições da cidade no passado, a entidade possui uma sede no bairro Nova Santa Marta desde 2010, em um terreno que pertence à prefeitura.

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Em março de 2014, no entanto, a Sociedade Vicente Pallotti, que administrava as atividades no local, deixou de auxiliar a associação. Da antiga parceria, restaram a estrutura e os equipamentos.

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A coleta já foi realizada com carrinhos puxados à mão. Hoje, a Associação dos Selecionadores de Materiais Recicláveis de Santa Maria (Asmar) envia um caminhão com materiais pelo menos três vezes por semana. A entidade, formada só por mulheres, conta agora com o apoio da comunidade e a união para levar em frente o trabalho.

– Não é todo mundo que vê o reciclador como uma pessoa. Nós decidimos manter o trabalho da associação porque gostamos do que fazemos. Sabemos que não é só para a gente, é um serviço para a comunidade e um bem para a sociedade. Tem que ter muita força para não abandonar isso tudo. Se não tivéssemos coragem, não estávamos aqui todos os dias. Não é fácil, mas a gente consegue – comenta Ana Nara Medianeira Bencher, coordenadora da ARPS.



O dinheiro ganho com a venda do lixo reaproveitável é dividido entre as sete funcionárias, que não têm carteira assinada. Descontando as despesas com a energia elétrica, cada trabalhadora ganha, em média, apenas R$ 300 mensais. O valor varia conforme os preços do quilo do material comprado pelas empresas, que caem principalmente nos meses de verão. A água foi cortada há três meses e, para tentar ajudar a manter a associação, as recicladoras vendem risoto uma vez por mês no bairro.

Mesmo com valor tão pequeno, o salário ajuda a complementar a renda familiar. Mas apesar de todas as dificuldades, é a força de vontade em dar continuidade ao projeto que faz com que Gislaine, Roselaine, Ana Nara, Carmem, Marisa, Jucélia e Éldia sigam em frente.

– A gente faz porque a gente gosta. Compensa só pela natureza, financeiramente, não. As pessoas precisam saber que ter uma associação de reciclagem na comunidade é vantajoso, pois todo esse lixo poderia estar no esgoto, entupindo os bueiros, mas a gente recicla eles aqui. Tem que ter mais consciência, né? – relata Roselaine Nunes dos Santos, 42 anos.

A ASSOCIAÇÃO
Horário de funcionamento – De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 12h
Endereço – Rua dos Bran"

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