A duplicação pede passagem

Terrenos deverão ser desapropriados para duplicações de rodovias em Santa Maria

Fernando Goettems e Marci Hences

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As duas maiores obras viárias para melhorar o congestionado fluxo de trânsito na zona urbana de Santa Maria só serão possíveis de sair por completo do papel com desapropriações de terrenos e casas. O projeto de travessia urbana prevê a desapropriação de 270 terrenos e casas na BR-287 e na BR-158, no trecho entre o trevo do Castelinho e Ulbra. Na ERS-509 (Faixa Velha de Camobi), também haverá desapropriação de parte da área de pelo menos três terrenos localizados às margens da rodovia.

De acordo com Pedro Della Pasqua, da Della Pasqua, empresa responsável pela duplicação da Faixa Velha, ao fazer a topografia do trecho de 4,3 quilômetros, que se inicia no Trevo do Kastelinho e termina na Igreja do Amaral, os engenheiros perceberam que a faixa avançaria dentro de cerca de três terrenos.
- Essas desapropriações não envolvem nenhuma casa, são apenas alguns metros de terrenos para que a faixa possa passar - disse Della Pasqua.

Como a ERS-509 é uma rodovia estadual, a responsabilidade pela desapropriação dessas áreas é do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagens (Daer). O engenheiro civil Jorge Antonio Oleques Junior, que atualmente responde pela superintendência do órgão em Santa Maria, disse que, até o momento, nada foi definido sobre essas desapropriações.
- Os moradores ainda não foram notificados, mas o Daer está cuidando dos trâmites legais - garantiu o engenheiro.

Segundo a Della Pasqua, a nova via deve passar ao lado da atual, no sentido Centro-Camobi. O Daer informou que a rua paralela à ERS-509 (não asfaltada) é faixa de domínio da rodovia e, com isso, pode ser usada para a duplicação.

Segundo Pedro Della Pasqua, quando esteve em Santa Maria, em dezembro, o governador Tarso Genro garantiu agilidade na duplicação da ERS-509.
Segundo a Della Pasqua, a previsão de prazo para o término da duplicação é de dois anos. A empreiteira informou que a mudança no cronograma não deve atrasar as obras, que devem ser concluídas dentro do prazo.

Mesmo sem obra, trabalho pode começar em breve
O deputado federal Paulo Pimenta (PT) afirmou recentemente que as obras da travessia urbana poderiam iniciar  já em fevereiro. Porém, segundo o Dnit local, o que pode ocorrer é o início da fabricação das estruturas que darão forma aos viadutos, pontes e passarelas - que devem ser pré-moldadas.

Para as máquinas poderem entrar nas pistas, só após a aprovação da licença ambiental. Quem trabalha nesta questão é uma empresa contratada em edital pelo Dnit, no início deste ano. O prazo para a conclusão do licenciamento é de 90 dias. Não há uma definição da data para o início das obras.

Empresas têm até março para apresentar projetos das obras
Segundo o Dnit, os dois consórcios têm prazo legal para a entrega dos projetos das obras até o mês de março. A Continental, majoritária do consórcio do lote 1, afirma que até o fim deste mês deverá entregar ao órgão federal seu projeto. Já a Sultepa, do lote 2, informou que vai finalizar seu projeto em março. Para o início das obras, será necessário, ainda, a aprovação do licenciamento ambiental.

DUPLICAÇÃO DA FAIXA VELHA
- Trecho - 4,3 quilômetros entre o Trevo do Castelinho e a Igreja do Amaral
- Investimento - R$ 32 milhões (com viaduto)
- Início da obra - Novembro de 2013 n Previsão de término - 2 anos (início de 2016)

 

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