Santa-marienses participam do livro “Por Que Precisamos de Artistas?”

Por que uma sociedade precisa de artistas? Quais são as suas funções? É a partir desses questionamentos que o livro “Por Que Precisamos de Artistas?” propõe reflexões teóricas e relatos autobiográficos sobre a temática. A obra, publicada pela editora Bestiário, reúne 13 ensaios e crônicas escritos por artistas e pesquisadores vinculados à área da cultura no Rio Grande do Sul que visam respondem a pergunta que dá título ao livro. De reflexões teóricas a relatos autobiográficos, passando pela história e pela ficção, os textos percorrem caminhos distintos, por vezes conflitantes, e chegam mesmo a atingir destinos situados em diferentes dimensões. Desse modo, mais do que entregar uma coleção de respostas, o objetivo do livro pode ser visto como expor conjunto de provocações, desafiando o leitor a questionar o sentido das questões propostas, assim como as possibilidades de abordagem a elas.

A equipe de autoras e autores inclui profissionais de diferentes áreas e orientações estéticas e intelectuais do estado. Fazem parte do livro, além de Fabrício Fortes e Michel Zózimo, os músicos e compositores Hique Gomez, Simone Rasslan, Claudio Levitan, Rafa Schüler e Ricardo Nicoloso, a atriz Paula Souza, o educador e artista da dança Airton Tomazzoni, o produtor cultural e historiador Atílio Alencar, a artista visual e cenógrafa Janaína Falcão e os jornalistas Homero Pivotto Jr. e Márcio Grings.

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O livro “Por Que Precisamos de Artistas?” vem sendo elaborado desde o início de 2021 pelo professor de filosofia, pesquisador e tradutor Fabrício Fortes. O projeto teve sua primeira etapa financiada pela Lei Aldir Blanc através do edital Criação e Formação: Diversidade das Culturas (Fundação Marcopolo). O lançamento oficial do livro ocorreu no dia 23 de julho, em Porto Alegre. Já o lançamento e sessão de autógrafos em Santa Maria ocorreu no último sábado, 13, no Left Rock Bar e contou com a presença de Fabrício Fortes e os santa-marienses que participam da coletânea: o historiador e produtor cultural Atílio Alencar, o jornalista musical Márcio Grings e o músico e produtor cultural Ricardo Nicoloso, que também fez a discotecagem do evento.

Atílio Alencar conta que recebeu em 2021 o convite de Fabrício para participar da coletânea. Ele conta que se sentiu tocado, uma vez que sua vida profissional e afetiva gira em torno da produção artística e também menciona a fragilização do mercado da arte causada, entre outros motivos, pelo período da pandemia. Atílio assina o texto “O teatro e o fogo: notas para um inventário das dramaturgias perigosas”.

– O texto deriva um pouco da minha pesquisa do Mestrado em História da UFSM. Decidi escrever sobre figuras de dramaturgos e dramaturgas que pensam e criticaram a a sociedade e o autoritarismo, principalmente a partir de textos que ganharam vida nos palcos. São textos capazes de mobilizar o público sobre o estado de inquietação das coisas. O teatro é uma arte que tem o potencial de sensibilizar a sociedade de maneiras distintas. Então meu interesse pelo teatro político também acabou sendo oportuno para integrar a coletânea com esse texto – explica Atílio.

O livro contém 246 páginas e está disponível para venda no site da editora por R$56.

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