Cerimônia histórica marca retorno simbólico de Coronel Pillar ao 1º Regimento de Polícia Montada

O Comando Regional de Polícia Ostensiva Central finaliza os preparativos para a solenidade de inauguração do Mausoléu Coronel Pillar e para a reinauguração do Centro Histórico Coronel Pillar, que ocorre na sexta-feira (12), a partir das 19h, na sede da corporação, em Santa Maria. Ambos são dedicados ao primeiro comandante da região, coronel Fabrício Baptistade Oliveira Pillar. O evento terá início no campo da Brigada Militar, na Rua Pinto Bandeira, e percorrerá o caminho até o Centro Histórico, que contará a história da corporação ao longo das décadas.

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A cerimônia marcará a transladação dos restos mortais do Coronel Pillar, que estavam  no Cemitério Histórico da Santa Casa, em Porto Alegre, para o mausoléu erguido em sua homenagem em Santa Maria. Para o comandante regional, coronel Cleber Bastianello, o translado dos restos mortais marca o retorno do "eterno comandante" ao 1º Regimento de Polícia Montada.
A articulação envolveu o Comando-Geral da Brigada Militar, o Cemitério Santa Casa e o governo estadual e durou cerca de dois anos até o projeto ser finalizado.

 - Foi um processo longo, que durou bastante tempo, devido à importância dele e também do local onde estava. Mas precisava estar na cidade onde foi o primeiro comandante do primeiro regimento - relembra Bastianello.

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Após a inauguração, o Mausoléu e o Centro Histórico estarão abertos para visitação a partir da próxima segunda-feira (15). A visitação ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h. Grupos podem agendar visitas pelo telefone (55) 98133-3341.

 - Após a inauguração, todo o espaço estará aberto à comunidade, de forma gratuita. As visitas serão guiadas, para que todos possam conhecer a história de coronel Pillar e a história da Brigada Militar, que se entrelaçam com a do nosso Rio Grande do Sul - afirma o comandante.

 
Morto em combate

Fabrício Baptista de Oliveira Pillar nasceu em 24 de agosto de 1856, em São Vicente do Sul, na Região Central. Filho de Vidal José de Oliveira, ingressou na carreira militar aos 18 anos, em 3 de fevereiro de 1874, no 4º Regimento de Cavalaria Ligeira, em Santana do Livramento. Em três anos, ascendeu por toda a hierarquia das patentes inferiores do Exército Brasileiro.

Em 1891, já capitão, foi condecorado com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Avis, distinção concedida a militares das Forças Armadas que prestaram serviços relevantes em campanha ou sob risco de vida.

Dois anos depois, em 1893, foi colocado à disposição do governo de Júlio Prates de Castilhos para assumir o comando do 1º Regimento de Cavalaria da Brigada Militar, exercendo o posto de tenente-coronel. À frente da tropa, participou de diversos combates em cidades gaúchas, como Upamaroti, Inhanduí, Piraí, Passo Fundo, Bagé, Arroio Forquilha e Carovi.

O tenente-coronel Fabrício Pillar morreu no dia 6 de setembro de 1894, atingido por disparo durante o combate no Capão das Laranjeiras, em São Francisco de Assis, durante a Revolução Federalista. Desde então, seu nome passou a representar o símbolo da cavalaria do 1º Regimento.

Um retorno simbólico

Bastianello destaca que o mausoléu representa o reencontro do comandante com sua tropa e reforça a memória de um militar cuja trajetória se consolidou pela liderança, coragem e fidelidade à corporação.

- Isso é um resgate histórico não só para a Brigada Militar, mas também para Santa Maria e região. Trazer o primeiro comandante da primeira unidade de cavalaria, a mais antiga do Rio Grande do Sul, significa muito, pois é uma figura histórica - finaliza.