Rota de Santa Maria divulgou previsão de início das duplicações em cada trecho
A concessionária Rota de Santa Maria está se preparando para começar as obras de duplicação da RSC-287, que devem iniciar em julho deste ano. Para isso, está na fase de licenciamento ambiental junto à Fepam para poder começar os trabalhos. Para obter as licenças, um dos passos é a realização de audiência pública para debater o licenciamento ambiental da duplicação da estrada. O evento acontecerá na próxima terça-feira, às 19h, no anfiteatro do Bloco 18 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
O encontro será de forma presencial, mas haverá transmissão simultânea pelo @rotadesantamaria. Em Santa Maria, será feita a transmissão com telão no Sest Senat. Segundo a empresa do grupo espanhol Sacyr, o objetivo do evento é apresentar e esclarecer dúvidas relativas ao relatório de Impacto Ambiental da duplicação.
Antecipação
A Rota espera obter as licenças para iniciar a duplicação dos trechos urbanos e, na sequência, dos trechos rurais entre Santa Cruz e Venâncio Aires, onde está concentrado 48% do volume de veículos da rodovia. É uma mudança de planos, já que o contrato previa o início da duplicação de Tabaí em direção a Santa Cruz. Além disso, a concessionária pretende antecipar a duplicação de trechos rurais em 3 a 4 anos, dependendo do local. Entre Tabaí e Santa Cruz, o governo do Estado exigia que a duplicação ocorresse no 6ª ano da concessão, ou seja, em 2027. Porém, a Rota decidiu começar as obras em 2023 dos primeiros trechos urbanos, entre Santa Cruz e Venâncio Aires, e em 2024, os trechos rurais. As obras serão feitas pela construtora Sacyr, que já abriu 250 vagas de emprego.
Com o novo cronograma da Rota, isso significa que serão duplicados no 3º ano da concessão (2024) um subtrecho em Tabaí (km 28 ao 30) e os subtrechos de Venâncio Aires (km 55) até Santa Cruz do Sul (km 104). E no 4º ano (2025), serão duplicados os subtrechos de Tabaí (km 30) até Venâncio (km 55). Dessa forma, até 2025, os 74 km entre Tabaí e Santa Cruz estarão duplicados. O cronograma da Rota prevê ainda a antecipação da duplicação de Santa Cruz (km 104) até Novo Cabrais (km 158), que será feita nos anos 4 e 5 da concessão (2025 e 2026). O contrato exigia que tudo isso fosse duplicado até o 9º ano da concessão, em 2030.
Além disso, também está prevista a duplicação dos trechos urbanos de Santa Maria e Paraíso do Sul no 4º ano (2025). Quanto à duplicação dos trechos rurais de Santa Maria a Novo Cabrais, o contrato prevê no 20º e 21º anos (2041 e 2042), ou antes, se for atingido volume de 18 mil eixos por dia de tráfego na rodovia. A Rota está em negociação com o governo do Estado para tentar antecipar essa duplicação para antes de 2030, porém, isso dependerá de aval do governo, já que impactaria em aumento da tarifa de pedágios.
O contrato da concessão prevê também a construção de terceiras faixas entre Santa Maria e Paraíso do Sul. Duas serão feitas neste ano, na reta entre o viaduto ferroviário perto da Base Aérea e o trevo de Silveira Martins, mas a Rota ainda não informou em que mês iniciarão as obras.