Depois de cerca de 4 horas de sessão, logo que os vereadores decidiram pela proibição do consumo de bebidas alcoólicas entre a 0h e as 7h, o assunto já gerava polêmica nas redes sociais e era debatido pelas ruas da cidade.
Renato Augusto Germani. Fotos: Eduardo Ramos (Diário)
– Bom, a princípio, se é para ficar em público e criar problema para a comunidade, eu sou obrigada a ser a favor né, jamais seria contra. Já que tem os bares e os locais para beber, seria o local mais adequado – afirmou Renato Augusto Germani, aposentado de 70 anos.
Vera Helena Nunes Lopes
A dona de casa Vera Helena Nunes Lopes, de 68 anos, também concorda com a medida.
– Eu sou a favor porque dá muita bagunça. Eu gostaria que o prefeito aceitasse, seria bom para todo mundo.
Lucas Nunes
Já o pesquisador Lucas Nunes, de 25 anos, apresenta um argumento contrário à decisão dos vereadores.
– Eu sou contra porque eu acho que os estabelecimentos cobram para entrar, vai acontecer que vai ficar um rolê meio elitizado vamos ter que beber só dentro de um espaço, e se a gente não tem dinheiro para se divertir? Não vai poder? Vamos ser criminalizados por querer diversão? – questiona ele.
Cristiane Verardo de Castro
A estudante Cristiane Verardo de Castro, de 28 anos, acredita que esta medida não é a melhor forma para resolver a questão.
– Eu não acho que essa seja a forma de controlar as pessoas. É uma cidade de jovens e é normal nesta fase, mas não só os jovens, as pessoas têm liberdade para fazer isso. Não temos um espaço, não tem parque para frequentar e ainda tem poucos os eventos na cidade, por isso sou contra ao projeto de lei – aponta.
Ilda Catarina de Oliveira da Silva
A auxiliar de limpeza Ilda Catarina de Oliveira da Silva, de 51 anos, não estava sabendo sobre o projeto de lei, mas concordou com o resultado da votação.
– Não estava sabendo, mas sou a favor da proibição porque está muito difícil sair às ruas de noite, não tem mais segurança, as famílias não saem mais de noite.
Darci Oliveira
O professor Darci Oliveira, 44 anos, questiona o cerceamento dos direitos das pessoas.
– As pessoas têm o direto de fazer o que quiserem na rua, eles não têm esse direito de privar as pessoas. Eu sou contra o projeto de lei, esse é o direito de ir e vir, cada um pode escolher o que quer fazer desde que não extrapolem.
Nara Zari Budino
A advogada Nara Zari Budino, de 55 anos, reconhece que a questão é polêmica.
– Eu acho que é bastante controvertida a questão porque ao mesmo tempo que tem as pessoas que querem descansar e são contra o barulho que os jovens fazem, temos uma cidade com poucas opções especialmente para aquela de baixa renda. E a gente tem que lembrar que depois da tragédia da Kiss eu acredito que estar ao ar livre é algo que está bem forte na nossa cidade. Tem que pensar, tem que ficar bom para todo mundo, quem sabe colocar um limite de horário por exemplo até umas 2h da madrugada – sugere.
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