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Produtor rural doa sabão caseiro para famílias em vulnerabilidade social de Santiago

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Prefeitura de Santiago (divulgação)
Renato Crestani (ao centro), junto à equipe da prefeitura e da Emater, na entrega dos produtos

O agricultor Renato Crestani, 55 anos, decidiu ir além das obrigações para com o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e entregou, na semana passada, 64 barras de sabão para famílias em situação de vulnerabilidade social de Santiago. A intensão dele foi contribuir com a higiene das famílias de baixa renda que recebem as verduras e frutas da agricultura familiar por meio do projeto do Governo Federal.

Crestani conta que teve a ideia de realizar o ato solidário ao assistir, com a esposa Loivete, a uma reportagem na televisão, sobre pedidos de doação durante a pandemia. Ele e a família já usavam o sabão em casa e, então, o agricultor resolveu levá-los a quem mais precisa.

Na receita, Crestani e Loivete utilizam gordura animal, óleo de cozinha, soda, farinha de milho e água. Em 24 horas, as barras estão prontas.

- Geralmente, nós fazemos uma receita que vai álcool, mas, dessa vez, não deu tempo de ir até a cidade para comprar. Se eu tivesse condições, faria sabão para entregar toda semana para as famílias que precisam - fala Crestani, que também entregou mandiocas no centro de distribuição do PAA.

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O agricultor diz que têm tomado todas as providências quanto à sua higiene para se precaver quanto ao coronavírus. As idas à cidade têm sido raras.

- Quando saio, antes de entrar em casa, tiro os calçados, vou trocando de roupa e entro direto para o banho - explica.

Emocionado, Crestani conta que lhe "corta o coração" ver que, nas grandes metrópoles, a população não tem como se proteger da maneira correta:

- Em Porto Alegre, por exemplo, as pessoas continuam enchendo os ônibus. E nas favelas? Imagina como deve ser. Me dói muito. No interior, estamos mais protegidos, creio eu. Na localidade em que moro, há apenas três famílias. É ótimo poder ajudar de alguma forma - comenta.

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O técnico da Emater em Santiago, Dairton Lewandowski, afirma que os agricultores gostariam de auxiliar mais as famílias da cidade. Porém, nem todos têm condições de realizar doações porque os prejuízos com a seca em 2020 foram grandes, conforme o agrônomo.

- Toda semana, 60 famílias recebem os produtos da zona rural de Santiago. A distribuição é feita pelos Centro de Referência em Assistência Social (Cras) do município. As famílias precisam muito. Sei de mães que nunca tinham dado um morango ao filho, por exemplo, e só conseguiram por meio deste programa governamental. Desde setembro, quando começamos, pelo menos 250 famílias foram beneficiadas - explica Lewandowski.

Ele também percebe que os alimentos da agricultura familiar tem mais qualidade que os industrializados, pois o agricultor "colhe em um dia e entrega no outro", sem os danos causados pela má conservação ou transporte por longos períodos de tempo. O PAA utiliza verbas federais e é operacionalizado pelas prefeituras.

*Colaborou Rafael Favero

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