Planetário da UFSM: há 50 anos ensinando astronomia à comunidade

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Desenhado a partir de um esboço do arquiteto Oscar Niemeyer, o Planetário da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) foi o primeiro do Rio Grande do Sul e o primeiro construído em uma cidade do interior do Brasil. Nesta semana, o Planetário atingiu mais um marco histórico: completou 50 anos de fundação.

Na programação de aniversário, foram transmitidas de forma remota palestras, oficinas, rodas de conversa, lançamento de documentário produzido pela TV Campus UFSM e exposição de fotografias capturadas durante os 50 anos. As sessões, que eram o carro chefe do Planetário antes da pandemia de covid-19, precisaram ser adaptadas para o formato digital.

Antes das medidas de distanciamento impostas pela pandemia, o planetário costumava ser marcado não só pelo estudo da astronomia, mas também pelo encontro de amigos, familiares e turmas de escolas que iam até o espaço para assistir cada um dos cinco curtas e longas-metragens que eram disponibilizados na cúpula de exibição.

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas (Diário)
O monitor, Daniel Taschetto, durante uma sessão de exploração espacial que fazia parte da programação de aniversário

Segundo o diretor do planetário, Régis Diniz, para os próximos anos são planejadas novas projeções audiovisuais, manter as sessões online e, claro, retornar com a visitação presencial com novas atrações:

- Também queremos abrir as portas para outros tipos de eventos. Em 2018, tivemos a apresentação de uma banda dentro da sala de projeção. Então, assim, o planetário ficaria aberto não só para as sessões, mas também para atender outros anseios que a população tem, de outras demonstrações culturais e artísticas. Temos no segundo andar uma exposição de Arte, Ciência e Tecnologia, e isso vem de encontro com esse alcance cultural e de entretenimento que o planetário possui.

Ana Beatriz Calmon é monitora e bolsista do planetário há pouco mais de um ano. Natural de Natal (RN), ela conta que desde pequena se interessava pelos lançamentos que ocorriam na Base da Força Aérea da região, conhecida como Centro de Lançamento da Barreira do Inferno. Esta curiosidade, somada ao gosto pela ficção científica, levou Ana a cursar Engenharia Aeroespacial e ministrar atividades no planetário, o que, segundo ela, trouxe benefícios pessoais e profissionais:

- Tem sido bastante bom para mim, principalmente no quesito da timidez. Com o planetário, a gente tem a obrigação de lidar com o público e aprender a falar, então tem me ajudado bastante. Também acredito naquela ideia de que quanto mais a gente ensina, mais a gente aprende. E eu tenho aprendido bastante sobre astronomia com as crianças e como lidar com o público, então é muito bom.

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Nas redes sociais, o Planetário ainda realiza curadoria de filmes e séries, questionários e disponibiliza mensalmente o calendário dos principais eventos astronômicos que podem ser acompanhados a olho nu. Ainda, produz um podcast chamado "Estação Planetário", disponível nos principais streamings de áudio.

SESSÕES VIRTUAIS

As sessões virtuais do Planetário são abertas para o público em geral, tanto escolares quanto amigos e familiares que desejarem assistir aos filmes. Ao todo, o projeto já atingiu mais de 4,3 mil pessoas em 14 Estados brasileiros, de acordo com o último relatório produzido pela equipe de monitores.

São sete opções disponíveis para agendamento (veja aqui), que podem ser exibidos às 10h ou às 15h. Para assistir, é necessário escolher a data e o horário desejável e preencher um formulário no site da UFSM. Após confirmado, será enviado um link para a sessão, em que está disponível um monitor do planetário para sanar possíveis dúvidas dos espectadores.

MINIDOC "PERTO DAS ESTRELAS"

Em comemoração aos 50 anos do Planetário, a TV Campus da UFSM produziu o documentário "Perto das Estrelas", lançado nesta terça (14). Entre os entrevistados, a produção conta com a participação de um pequeno visitante assíduo e seu pai, a participação retrata o papel do planetário como primeiro contato dos pequenos com a astronomia. O documentário pode ser assistido através do Youtube da TV Campus. 

*Colaborou Eduarda Nenê da Costa