Pianista curitibano realiza concerto com clássicos do Queen em Santa Maria

Redação do Diário

Pianista curitibano realiza concerto com clássicos do Queen em Santa Maria

Rock e Piano. Esses dois universos podem ter algo em comum? De acordo com o pianista curitibano Bruno Harbovsky, 33 anos, sim. Ele traz ao Theatro Treze de Maio, neste sábado à noite, o concerto Queen ao Piano. Os ingressos custam R$50 e R$25 e estão à venda na bilheteria do Theatro Treze de Maio e no site Sympla.Unindo talento, coragem, criatividade e muita ousadia, Bruno colocou o pé na estrada sem elaborar um projeto viabilizado por Lei de Incentivo. Com a boa ideia de reunir rock e piano, com dedicação e muito amor à música, ele tem agradado plateias de diferentes regiões do Brasil e até do exterior, sempre de forma independente.Neste contexto, ele chega a Santa Maria pela primeira vez e espera encontrar um público que é fã de boa música para curtir um momento especial.A MIX conversou com o pianista e ele contou a respeito do começo dos estudos, do projeto e dos planos para o futuro.

MIX – Qual a motivação para começar a tocar piano?

Bruno – Eu comecei a tocar porque havia um piano na casa da minha avó materna, onde basicamente eu morava. Ninguém na família tocava – nem nenhum outro instrumento -, mas eu tinha muita vontade de dominar aquele objeto enorme, até que trouxeram uma professora, alguns parentes incrédulos de que o moleque que não sentava nem para comer teria disciplina para fazer aulas de piano. Fiz aulas desde os 6, lá em 95, a vida inteira com a mesma professora, Luciana Bissi. Recentemente, tenho aperfeiçoado minha técnica junto ao Vinícius Fabri.

MIX – E qual a origem da ideia de unir piano e rock?

Bruno – O começo da minha adolescência foi a época em que eu mais estudei piano. Mas, também a época em que comecei a descobrir bandas sozinho, para além daquilo que meus pais ouviam. Ambos ouviam muito rock clássico, sobretudo Pink Floyd, essa é minha maior influência. Quando passei a buscar o que mais me apetecia, migrei meu gosto, cada vez mais, para o metal. Ouço muita coisa diferente, adoro choro, samba, tango, sinfonias. Mas, de longe, o que eu mais ouço é metal. O Rock ao Piano surge despretensiosamente, aos poucos, conforme percebo, lá no começo da adolescência, que consigo tirar de ouvido tudo aquilo que eu ouço. Como cada vez mais eu passava o dia ouvindo rock, aos poucos, isso começou a aparecer junto ao piano. Até hoje, o Floyd tinha sido a única banda para a qual eu tinha feito um concerto direcional, lá em 2014, só um ano depois de começar meus shows de fato. São minha maior influência, ainda que não exatamente minha banda preferida – que é, sem dúvida, Symphony X. Desde então, pensei muito que outra banda poderia ganhar um projeto de destaque.

MIX – Por que Queen e o que a banda representa para você?

Bruno – O Queen é excepcional, e o que mais gostei é poder montar um repertório aliando hits conhecidos com pérolas impecáveis bastante desconhecidas, fazendo uma verdadeira homenagem à banda. Gosto muito de Queen, mas não sei ranquear o quanto… Porém, não tenho dúvidas sobre considerar Freddie o maior vocalista da história.

MIX – Você já se apresentou em Santa Maria? O que conhece daqui?

Bruno – Sou de Curitiba e, há muito tempo, queria chegar em Santa Maria, mas ainda não tinha conseguido. Eis que este ano, vi uma publicação de uma página de arquitetura de Porto Alegre que tinha feito um trabalho junto ao teatro – Solé Associados -, e resolvi entrar em contato.

MIX – Quais seus projetos futuros?

Bruno – O próprio projeto do Floyd ainda não deve ter passado nem pela metade das cidades em que eu já toquei, quase todas com meu repertório misturando diferentes bandas do rock internacional. Neste ano, decidi focar no Queen, então mesmo nas cidades que são novidade, estou fazendo principalmente esse show. Mas o Brasil é grande, só com esses três repertórios eu poderia ficar muitos anos na estrada. Estou sempre buscando caminhos para chegar cada vez mais longe, inclusive, aguardando a estruturação necessária para começar a tocar lá fora. Ano que vem, completo 10 anos de estrada e farei um grande concerto em Curitiba junto a uma orquestra e, por ora, este é meu grande projeto futuro, ainda que em teoria vá acontecer apenas aqui mesmo. Atualmente, os projetos que faço Brasil afora são por bilheteria mesmo, tirando alguns poucos contratados por Sescs, prefeituras.Apesar do apreço por tango e música erudita, foi no rock que Bruno encontrou a verdadeira idendade junto ao piano. Trilhando um caminho relativamente incomum para um pianista, o músico cria versões completas de rocks conhecidos usando apenas o instrumento acústico, tocando desde a melodia até a base feita pela banda. Suas bandas preferidas – portanto, as grandes influências – vão de clássicos como Pink Floyd e Queen a complexos nomes do metal como Symphony X e Blind Guardian. O repertório, porém, aborda um universo muito mais amplo.

Foto: Daniel Castellano

Foto: Daniel Castellano

Currículo de apresentações

Desde o início dos estudos, Bruno participou de apresentações em grupo e eventos solo, mas foi em 2013 que os projetos musicais realmente ganharam forma, ganhando a estrada em 2014. O foco sempre foi o “Rock ao Piano”, e é a esta imagem que o músico está mais fortemente associado. O projeto tem ainda derivações específicas, como concertos voltados apenas para o metal, para o rock nacional ou os projetos focados em uma só banda. Em 2014, nasceu o Pink Floyd ao Piano, trazendo uma música de cada álbum de estúdio da banda, e em 2022, estreou o Queen ao Piano, em formato similar. Em 2019, Bruno produziu ainda uma mini turnê da renomada pianista ucraniana Vika Yermolyeva, passando por cinco cidades do país, em sua única vinda a toda América Latina.

Foto: Daniel Castellano

Foto: Daniel Castellano

O Show

Depois de passar por mais de 99 cidades com o projeto Rock ao Piano e lotar teatros Brasil afora com o especial Pink Floyd ao Piano, o pianista curitibano Bruno Hrabovsky apresenta um especial dedicado ao Queen, passando por toda história da banda, em releituras feitas exclusivamente com o piano. Como em todos seus projetos, o concerto conta com falas do músico narrando a trajetória da banda e contextualizando todas músicas, escolhidas com muito cuidado. Não perca a chance de conferir esse concerto único! Confira o repertório:

“Keep Yourself Alive” (Queen, 1973)“The Loser in the End” (Queen II, 1974)“The March of the Black Queen” (Queen II, 1974)Stone Cold Crazy (Sheer Heart Attack, 1974)Love of my Life (A Night at the Opera, 1975)You Take My Breath Away (A Day at the Races, 1976)Somebody to Love (A Day at the Races, 1976)Spread Your Wings (News of the World, 1977)Don’t Stop Me Now (Jazz, 1978)Sail Away Sweet Sister (The Game, 1980)Under Pressure (Hot Space, 1982)Radio Ga Ga (The Works, 1984)Princes of the Universe (A Kind of Magic, 1986)Scandal (The Miracle, 1989)Innuendo (Innuendo, 1991)Mother Love (Made in Heaven, 1995)No one but you (Only the good die young) (single, 1997)Bohemian Rhapsody (A Night at the Opera, 1975)

Leia todas as notícias

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Câmara de Vereadores de Santa Maria rejeita denúncia contra vereador Tony Oliveira do Podemos Anterior

Câmara de Vereadores de Santa Maria rejeita denúncia contra vereador Tony Oliveira do Podemos

28ª Feicoop começa nesta sexta-feira com programação 100% presencial Próximo

28ª Feicoop começa nesta sexta-feira com programação 100% presencial

Geral