Tragédia em Santa Maria

Pais evitam marcar cesarianas no primeiro ano da Kiss

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O primeiro ano da tragédia de Santa Maria provoca reações à data de 27 de janeiro. Curiosamente, para este dia, no qual há um ano houve o incêndio da boate Kiss, não foi agendada nenhuma cesariana na cidade.

O Hospital de Caridade, que tem uma média de quatro partos por dia, ainda não tem nenhuma cesariana marcada para a próxima segunda-feira. O obstetra Paulo Afonso Beltrame conta que uma paciente deixou claro que não queria que o filho nascesse no dia 27.

Não é habitual não ter nenhuma cesariana agendada para uma segunda-feira. Talvez por ser o primeiro ano e ainda ser muito forte as lembranças da tragédia, dá para ver que há uma tendência em não marcar na data  diz o médico.

A obstetra Vania Freitas pensa um pouco diferente, para ela é comum que algum dia da semana não tenha nascimentos previstos.

A média é muito relativa, tem dias que não tem nenhum parto e outros, como o dia 8, em que  houve 11 nascimentos  explica a médica.

Conforme a psicóloga Fabiane Angelo, que atua no Grupo de Trabalho Ações por Santa Maria, não querer estar na cidade no dia 27 pode ser uma forma de evitar lembranças ruins.

A reação das pessoas que não querem estar aqui é esperada, já que é um ciclo que está terminando, com um ano da tragédia. Quando um fechamento de ciclo se aproxima, as emoções de dor, de saudade ou até mesmo a sensação de não saber o que fazer são normais. Há quem queria ficar aqui para tentar ajudar os amigos, a família, cada pessoa pode reagir de uma forma diferente  explica Fabiane.

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