e a população?

Ônibus não passa mais em rua de bairro santa-mariense por causa dos buracos

Thays Ceretta

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Há uma semana, Liziane dos Santos, 49 anos, Luci da Silva, 56, e Ane Calegaro têm de caminhar parte do trajeto na Rua Cecília Silveira, já que o coletivo deixou de ir até o final da via devido aos buracos

"Esse é mais um capítulo da novela do sítio sem ônibus". Foi assim que uma das moradoras da localidade de Rincão do Soturno definiu, ontem, uma situação que se repete há anos. Pela terceira vez neste ano, a linha Campestre-Sítio do transporte coletivo de Santa Maria parou de fazer o trajeto até o final da Rua Cecília Silveira devido às más condições da via, principal acesso à localidade que fica no Bairro Campestre do Menino Deus.

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Agora, o coletivo vai somente até a metade do trajeto. Com isso, os moradores precisam caminhar para chegar à parada mais próxima que, dependendo da localidade, fica a até três quilômetros de distância.

- Moro aqui desde pequena e é sempre assim, eles fazem o trabalho, mas, depois, o problema volta. É muito desleixo com a gente. Minha filha teve que ir morar mais para o Centro para poder estudar. Esse é mais um capítulo da novela do sítio sem ônibus - desabafa a diarista e cuidadora Luci da Silva, 56 anos que precisa pegar dois ônibus para ir e voltar do serviço.

Pelo percurso, a paisagem até pode ser bonita e chamar a atenção, mas é preciso muito cuidado. Há pedras soltas e buracos pelo caminho. Questionados, os moradores não souberam definir se é pior nos dias de sol, calor e temperaturas altas, ou em dias de chuva e barro.

Depois sair uma hora mais cedo para pegar o ônibus, trabalhar oito horas por dia e ir ao mercado, a cozinheira Ane Calegaro precisou andar cerca de 700 metros até chegar em casa. Com as sacolas pesadas na mãos, sob um sol de 30°C, Ane suava e demonstrava cansaço durante o trajeto, na tarde de ontem.

- A estrada está péssima, tem buraco, valeta. Fiquei sabendo que se não arrumarem, o ônibus não vai mais passar. As crianças precisam ir para a escola, os moradores têm que trabalhar, ir no médico, no mercado, e assim fica difícil - reclama Ane, que também precisa pegar dois ônibus para ir e voltar do serviço.

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O gerente operacional do Consórcio SIM (Sistema Integrado Municipal), Cristiano Andretta, diz que um pedido para fazer o patrolamento da estrada foi encaminhado à prefeitura na semana passada e reforçado na última segunda-feira, mas, até ontem, não foi atendido.

- A estrada da localidade de Rincão do Soturno passa pelas paradas denominadas Xangô, Rincão e Sítio, e esta é a última parada do trecho, mas o ônibus está indo até o Rincão, que é a metade do caminho em virtude das más condições da estrada. Estamos no aguardo do pedido, porque a situação se agravou nos últimos dias e a empresa começou a ter os veículos danificados, molas foram quebradas - explicou Andretta.

PREFEITURA
A prefeitura informou, ontem, que o pedido de conserto da via ainda não havia sido protocolado na Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. Tão logo seja oficializado à pasta, a estrada do Rincão do Soturno entrará no cronograma de atendimento, com prioridade para a intervenção, já que é uma questão que afeta o transporte coletivo. A prefeitura não deu prazo para o conserto ser realizado.

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