As obras de revitalização do Calçadão Salvador Isaia, no Centro de Santa Maria, seguem com o trabalho no piso do primeiro quadrante, na entrada pelo Viaduto Evandro Behr, próximo à Praça Saldanha Marinho. Nesta semana, iniciando a segunda fase das obras, a prefeitura moveu os tapumes para trabalhar na área que antes estava liberada para passagem de pedestres, ou seja, nas laterais, em que terá rompimento do piso e reforço da pavimentação. Assim, parte da área central do Calçadão volta a ficar livre para o fluxo de pessoas.
Nesta nova fase das obras, o serviço passa a ser feito em frente às lojas do primeiro quadrante. No local, já foi instalada a tubulação que é referente à drenagem superficial. Também foram construídas caixas coletoras de esgoto pluvial na parte da circulação de pedestres. Após, o serviço será finalizado e fechado com grelha.
Uma vez colocada a pedra rachão, será executada uma camada de brita graduada. Na sequência, será feita a armadura e a concretagem do piso. Para isso, a maior parte do trabalho ocorrerá à noite e na madrugada, com o objetivo de não atrapalhar o acesso dos clientes aos estabelecimentos, que vinha sendo prejudicado com o andamento das obras.
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Giovani Muhlen, 46 anos, vendedor de uma loja de móveis e eletrodomésticos próxima a entrada do local, acredita que as obras irão melhorar a visibilidade do local, que, segundo ele, tem um aspecto muito antigo e devem também atrair mais clientes para os estabelecimentos e lojas. Sobre a remoção dos tapumes, nesta semana, Giovani diz que melhorou o fluxo de pessoas no local:
– As obras estão atrapalhando muito. Quando os tapumes estavam deixando apenas um corredor em frente à loja, e muitas vezes até interrompido o trânsito de pessoas, os clientes ficavam perdidos sobre por qual lado do Calçadão passar. Vinham até à loja e acabavam voltando, as vezes pensando que estava fechada.
Ele aponta que essa pequena mudança dos tapumes melhorou a situação:
– Melhorou agora. Conseguimos ver as pessoas passando na frente da loja, então estamos com mais expectativa de que melhore o movimento.
Segundo Pâmela Lutz, 34 anos, gerente de uma loja de roupas, a liberação de mais espaço em frente ao estabelecimento já impactou no aumento do fluxo de clientes da loja, que esteve quase inexistente anteriormente.
– Enquanto os tapumes estavam interditando aqui, nossas vendam caíram 60%. Só tínhamos visibilidade pelas redes sociais, por que presencialmente só vinham clientes que já conheciam a loja. A partir de agora nossas vendas já devem mudar. A nossa expectativa é de que as obras fiquem prontas o mais rápido possível – comenta Pâmela
Expectativa entre a população
Pessoas que transitavam pelo local na manhã de sábado (30) relataram à reportagem do Diário que a expectativa pela revitalização é grande. O aposentado Paulo Bertagnoli, de 71 anos, nasceu e vive em Santa Maria a vida toda, e acompanhou todas as modificações ocorridas no calçadão. Ele está animado com o avanço das obras:
– As pedras que estão sendo retiradas, eram totalmente impróprias porque eram muito lisas e não duram tempo suficiente. Espero que essas novas pedras não sejam muito lisas também, talvez eles coloquem mais produtos. Acredito que vai melhorar em todos os sentidos, principalmente para os lojistas.
O professor de geografia Rodrigo Machado, 35 anos, não mora mais em Santa Maria, mas transita pelo local frequentemente. Ele lembra também que, durante sua estadia na cidade, as pessoas iam muito ao Calçadão, principalmente para aproveitar os dias de sol e tomar chimarrão:
– Acredito que para quem more e passe por aqui diariamente, as obras devem estar atrapalhando muito hoje em dia. Espero que a revitalização possa trazer de volta as pessoas e famílias, como nos antigos tempos.
Segundo a prefeitura, ao longo do Calçadão, serão construídos decks (canteiros) e floreiras. O piso sob o deck em concreto terá caimento e vai servir como suporte para a drenagem embutida das floreiras centrais, de modo que, em breve, ocorrerá a concretagem estrutural.
A empresa responsável pelas obras é a Construtora Continental São Paulo Ltda, que é de Porto Alegre, e tem sede em Santa Maria. Conforme a licitação, a previsão é de que os trabalhos levem um ano para serem totalmente concluídos, com um investimento de R$ 3.665.668,49.
Com informações da prefeitura de Santa Maria
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