Já são 17 anos da promessa de um Centro de de Eventos em Santa Maria. A obra foi anunciada em novembro de 2005, e a Ordem de Serviço assinada em fevereiro de 2007. De lá pra cá, a obra avança em passos lentos, isto quanto não está paralisada, o que já chega a ser comum. A maior paralisação durou de 2013 a 2021, quase caindo no esquecimento, não fossem os 16,7 mil metros quadrados inacabados. Este tortuoso percurso chegou à quarta etapa, que prevê a conclusão de instalações elétricas, alvenarias, revestimentos e instalações hidráulicas e sanitárias, que já dariam funcionalidade ao prédio.
O Centro de Eventos deveria ser um grande instrumento para realização de diferentes festividades, mas quem entra nas dependências do local não tem muito o que celebrar. O prédio está localizado no mesmo espaço do Centro Desportivo Municipal (CDM), ao lado da Avenida Borges de Medeiros.
Outro ponto importante do local é a pista de caminhada que, no final de maio, recebeu manutenção com o apoio do Exército e deve ser reaberta ao público.
O caminho para inauguração ainda é longo, já que a quarta etapa não é a última para a finalização do Centro de Eventos. Haverá ainda uma quinta, com investimento estimado em R$ 11,7 milhões, cerca de quatro vezes maior que o da fase atual.
Quando foi anunciada – Janeiro de 2020, com início imediatoSituação atual – Obra parada desde julho de 2021. Rescisão contratual foi anunciada em 22 de fevereiro de 2022Futuro da obra – Não há previsão de conclusão. Em relação à pista de caminhada, a Secretaria de Esportes iniciou uma ação de limpeza do local, em parceria com o Exército, no final de maio, para retomar as atividades na pista de caminhadaValor da obra – Valor inicial de R$ 2,7 milhões. Um aditivo, de cerca de R$ 300 mil, foi concedido. Empresa pediu novo aditivo de quase R$ 2,3 milhõesQuanto já está feita – 58%O que diz a prefeitura – O Executivo afirma que está atualizando o orçamento da quarta etapa do Centro de Eventos, e que ainda não há um valor final. Dentro de três meses deve ser lançada uma nova licitaçãoO que diz a empresa – O ponto chave da rescisão do contrato foi a questão do reequilíbrio financeiro pedido pela empresa Bragagnolo, que foi negado pela prefeitura. A empresa ainda criticou a falta de boa vontade dos engenheiros da prefeitura. Conforme a Bragagnolo, a falta de material e o preço elevado foram os empecilhos para o rompimento do contrato. Como forma de exemplificar a situação, eles alegaram pagar cerca de R$ 12 pelo ferro, enquanto recebiam cerca de R$ 5 a R$ 6 pelo Executivo municipal
Confira um raio x das obras inacabadas:
Escolas Monte Bello e Santa MartaUnidade de saúde Estação dos VentosParque ItaimbéUnidade de saúde Alto da Boa Vista
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