Foto: Renan Mattos (Diário)
Sílvio (a partir da esq.), a irmã Rosani e as filhas dela, Jéssica e Danielli, mostraram a casa pintada de verde em reportagem de 2002, quando o Brasil foi Penta. Hoje, aniversário do jornal, eles sequem torcendo, assim como outros personagens das coberturas das Copas de 2006, 2010 e 2014
O calendário marcava o dia 19 de junho de 2002 quando a primeira edição do Diário de Santa Maria circulou pelas ruas da cidade e da região. E, assim como hoje, data do aniversário de 16 anos do jornal, nossa história nasceu em meio a uma Copa do Mundo. E não era apenas mais um campeonato mundial de futebol. Foi a Copa da Coreia e do Japão, de Ronaldo, da conquista do Penta. Enquanto a bola rolava no outro lado do mundo, em Santa Maria, o Diário emplacava um novo momento no noticiário local. De lá para cá, contamos a história de quatro Copas do Mundo e já estamos em meio à quinta edição.
Como Santa Maria assistiu aos cinco títulos do Brasil em Copas do Mundo
E, para lembrar um pouco dessa trajetória iniciada em 2002, no dia em que completa 16 anos, o Diário relembra reportagens que estamparam as páginas do jornal durante as Copas de 2002, 2006, 2010 e 2014. Revisitamos personagens que, de alguma forma, foram protagonistas enquanto torciam pelo Brasil ou estavam envolvidos, de alguma forma, nesses quatro mundiais. Agora, em 2018, o sentimento é um só: que venha o Hexa!
Foto: Renan Mattos (Diário)
COPA DE 2002
A expectativa em relação ao pentacampeonato de 2002 era grande na casa da empresária e leitora do Diário Karen Kohler, hoje com 37 anos, durante a Copa da Coreia e do Japão. Torcedora apaixonada, ela assistiu aos jogos do Brasil com o marido, o reparador automotivo Daniel Dutra, 47 anos, com a irmã Josiane, 23, e com o filho Kaell, que, à época, tinha apenas 6 meses de idade. A torcida da família deu certo: o Brasil conquistou o Penta!
A relação de Karen com o Diário é de proximidade e pertencimento. Por diversas vezes, foi entrevistada pelo jornal devido aos concursos de beleza que participou. Antes mesmo de o Diário ser criado, em 1998, ela foi eleita Garota Verão. Para a empresária, em 16 anos, o Diário continua em plena ascensão, mantendo os leitores atualizados todos os dias.
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Hoje, aos 16 anos, o primogênito de Karen, Kaell, vai torcer para a Seleção junto ao mais novo membro da família, o irmãozinho Karll, de 3 anos.
- Sei que o Brasil está mobilizado por outras questões, não está motivado como era nas outras Copas. Mesmo assim, vou assistir aos jogos no trabalho e apoiar a nossa Seleção. Lembro que, em 2002, assisti aos jogos em casa, já que Kaell era muito novinho - lembra Karen.
Foto: Renan Mattos (Diário)
LEMBRANÇAS
Já em outro endereço de Santa Maria naquele 2002, a família Reis havia pintado a casa de verde e amarelo para torcer pelo Brasil. À época, o trabalhador rural Lindolfo Antônio dos Reis recebeu o Diário para compartilhar a alegria que sentia em acompanhar mais uma Copa do Mundo. Com a filha Rosani Reis, cabeleireira, e as netas Jéssica Olga Reis Coelho, então com 11 anos, e Danielli Reis Pedroso, 2 anos, o patriarca comemorou o Penta do Brasil.
Hoje, 16 anos depois, Rosani mantém a euforia herdada do pai, falecido no ano passado. Com o irmão Sílvio Reis, 47 anos, e com as filhas Jéssica e Danielli, atualmente com 27 e 18 anos, vai torcer em casa e no trabalho pelo Hexa da Seleção.
- Sílvio era o companheiro do pai para assistir aos jogos. Agora, sem ele (sem o pai), faço questão de manter a tradição de torcermos pelo nosso país - diz Rosani, confiante na história da Seleção.
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Rosani lembra também da alegria que Lindolfo sentia ao aparecer no jornal. E olha que não foram em poucas edições. A última vez foi em fevereiro de 2016, aos 95 anos, quando compartilhou um pouco da história da cidade, contada em poesia - emociona-se Rosani.
Assim como o pai, a cabeleireira sente-se feliz em fazer parte desses 16 anos do Diário. Além de acompanhar as notícias, para ela, é sempre uma alegria ser retratada nas páginas do jornal.
Copa da Coreia e do Japão, em 2002
- Período - 31/05 a 30/06
- Campeão - Brasil (2 a 0 na final)
- Vice-campeão - Alemanha
- 3º lugar - Turquia
- 4º lugar - Coreia do Sul
Foto: Charles Guerra (Diário)
COPA DE 2006
Em 2006, a família Yamamoto contou ao Diário como se dividiam para torcer durante a Copa do Mundo, disputada na Alemanha. A família estampou as páginas do Diário naquela ocasião com o sentimento dividido: parte torcia para o Brasil, e parte, para o Japão.
Doze anos depois, a alegria de torcer continua a mesma, já que, para os Yamamoto, a Copa do Mundo tem dupla esperança. É que a empresária Toyoko Yamamoto, 77 anos, que veio do Japão para o Brasil ainda na adolescência, é admiradora do futebol japonês e não deixa de torcer para a terra natal em todas as Copas. Neste ano, ela revirou a cidade para encontrar uma camiseta do Japão. Mesmo grata ao acolhimento que recebeu no Brasil, o coração bate mais forte ao ver os conterrâneos em uma das disputas mais importantes do futebol mundial.
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Já os filhos de Toyoko, Angela, 55 anos, e David, 56, e o neto, Yoshiaki, hoje com 22 e, quando foi tema de reportagem no Diário, aos 10 anos, são brasileiros e vibram pela seleção canarinho. Para Angela, o Brasil é forte candidato ao título de campeão em 2018. Para ela, o técnico Tite fez excelentes escolhas. Já Yoshiaki gosta de futebol, mas admite que torce mais pelo Grêmio do que pela Seleção.
- Cresci praticamente junto ao Diário. Somos leitores assíduos do jornal, hábito que a vó transmitiu para a família toda. Acompanho as notícias pela internet, mas não deixamos de ter o impresso em mãos - conta Yoshiaki, que é estudante de Direito.
Em 2006, em entrevista ao Diário, Toyoko, também conhecida como Maria Yamamoto, nome que "ganhou" no Brasil, estava acompanhada da filha Angela e do neto Yoshiaki.
Para Toyoko, o crescimento do Diário é notório a cada ano. Sempre informada, ela acompanha as notícias locais pelo impresso e já participou de várias seções do jornal, como o "Com a Palavra".
Copa da Alemanha, em 2006
- Período - 9/06 a 9/07
- Campeão - Itália (1 a 1 na final e 5 a 3 nos pênaltis)
- Vice-campeão - França
- 3º - Alemanha
- 4º - Portugal
- Posição do Brasil - Eliminado nas quartas de final (derrota de 1 a 0 para a França)
Foto: Renan Mattos (Diário)
No Mundial da África do Sul, a convite do Diário, Donga (à esq.) e Chiquinho, identificados com o Inter-SM, testaram a bola da Copa
COPA DE 2010
Em 2010, o ex-zagueiro do Inter-SM Luiz Alberto Salenave, o Donga, 69 anos, e o meia Francisco Ribas Resende, o Chiquinho, 36, haviam sido convidados pelo Diário para testar a Jabulani, a bola da Copa da África - na final, a bola se chamava Jo'bulani. Não foi naquele ano que o Brasil conquistou o Hexa. A Seleção perdeu nas quartas de final para a Holanda, e o sonho foi adiado. Mesmo assim, os jogadores mantêm a esperança no futebol brasileiro.
Neste ano, Donga aposta no excelente ânimo da equipe brasileira e na experiência de Tite.
- A Seleção está em um bom momento. É um time organizado, dirigido por um técnico que sabe o que faz. Se a Seleção começar bem, vai terminar bem. Tenho fé nisso - disse Donga, antes de saber que o placar da estreia seria 1 a 1 com a Suíça.
Jogador de futebol de 1971 a 1984 e leitor assíduo do Diário desde a fundação do jornal, Donga conta que não deixa de acompanhar as páginas de esporte.
- Reconheço o desenvolvimento do jornal em todos esses anos. Dá gosto de acompanhar essa evolução, tanto no impresso quanto no online - diz o ex-jogador, que, como atleta, acredita que o Brasil não vai decepcionar.
Já Chiquinho alegra-se em ver o esporte local ser valorizado nas páginas do Diário. Jogador do Inter-SM desde 2007 e que participou da campanha deste ano na Divisão de Acesso, diz que tem a própria trajetória acompanhada pelo jornal. Nesta Copa, além de assistir aos jogos pela TV, está atento à cobertura que o Diário dá ao Mundial.
- Parabenizo o Diário por 16 anos de atenção a Santa Maria em todos os aspectos. Dá gosto de ver nosso trabalho acompanhado por essa equipe que cresce e melhora cada vez mais - parabeniza o jogador, que afirma que o Brasil é forte candidato ao título em 2018.
Copa da África do Sul, em 2010
- Período - 11/06 a 11/07
- Campeão - Espanha (1 a 0 na final)
- Vice-campeão - Holanda
- 3º lugar - Alemanha
- 4º lugar - Uruguai
- Posição do Brasil - Eliminado nas quartas de final (derrota de 2 a 1 para a Holanda)
Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
A soldado Taíse Righi atuou na segurança da Copa de 2014, em Porto Alegre. Antes com a égua Reserva da Serra, agora ela monta a Justiceira (foto)
COPA DE 2014
A soldado da Brigada Militar Taise Righi, ou apenas soldado Righi, 32 anos, foi uma entre os 250 policiais militares de Santa Maria que reforçaram a segurança na Copa do Mundo do Brasil, em Porto Alegre. Ela conta que, depois de muito treinamento, o pelotão ficou de 22 de maio a 16 de julho de 2014 na capital do Estado. A missão dela era controlar o movimento na Fan Fest, no largo do anfiteatro Pôr do Sol. Para Righi, que teve essa história contada nas páginas do Diário, mesmo que não tenha assistido a nenhum jogo nos estádios, a experiência foi inesquecível.
- O público era extraordinário, tudo na cidade era lotado. Restaurantes, praças, avenidas eram cheios, mas, felizmente, não houve muito tumulto - conta a soldado Taise Righi.
A soldado lembra que o Diário acompanhou a preparação do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) da Brigada Militar para a viagem. Leitora, ela acompanha as notícias da cidade pelas redes sociais e pelo Facebook do jornal.
- Até hoje, guardo aquela edição de 2014. O Diário, além de acompanhar nossas ações, valoriza o nosso trabalho. É um jornal que evoluiu a cada dia - diz a policial.
Em 2014, a policial militar trabalhou na segurança da Copa do Mundo junto da égua Reserva da Serra, que acabou sendo transferida para Porto Alegre. Agora, ela monta a égua Justiceira.
Neste ano, a soldado vai assistir à Copa pela TV, em casa, com a família. Ela admite que não está muito animada com a nossa Seleção, mesmo assim, não vai deixar de torcer pelo Brasil. Afinal, Copa é Copa, não é mesmo?
Copa do Brasil, em 2014
- Período - 12/06 a 13/07
- Campeão - Alemanha (1 a 0 na final)
- Vice-campeão - Argentina
- 3º lugar - Holanda
- 4º lugar - Brasil (perdeu a semifinal por 7 a 1 para a Alemanha e foi derrotado por 3 a 0 na decisão de 3º lugar contra a Holanda)