Estragos

Moradores começam a reconstrução após o temporal na Região Central

Marilice Daronco

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O domingo marcou o começo da reconstrução de muitas casas na Região Central. Depois do temporal que castigou pelo menos três cidades na noite de sábado: Santa Maria, São Gabriel e Restinga Seca, os moradores começaram a contabilizar os prejuízos, arrumar os telhados e tentar salvar o que sobrou nas casas atingidas pelo vendaval.

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O temporal que teve chuva, vento e granizo, deixou um rastro ainda mais devastador do que o de costume. Somadas as três cidades, pelo menos 113 casas tiveram estragos. Segundo relatos dos moradores, o ápice do vendaval não durou mais do que 10 minutos.

Em Restinga Seca, a cidade mais atingida, as cerca de 40 casas atingidas nas localidades de Lomba Alta e Rincão dos Martimianos, não ficaram apenas destelhadas. O peso do granizo e a força do vento foram tamanhos que os telhados caíram ou foram jogados a até 30 metros das casas e paredes foram destruídas.

Há cerca de três meses, a auxiliar de educação Gisele Machado, 19 anos, e o marido dela, o oleiro Luan Pumes, 21, juntavam todas as suas economias para construir a casa onde pretendiam morar com o primeiro filho do casal.

Mas a obra, no Rincão dos Martimianos, foi destruída por um poste de energia elétrica que caiu com o temporal e atingiu em cheio a construção.

Foi tudo muito rápido. Estávamos na casa do meu sogro quando a chuva começou. Ouvimos aquele barulho forte das pedras no telhado e não demorou para que o telhado furasse. Tudo o que estava dentro da casa dele ficou molhado conta Gisele.

O agricultor Valdemir Moraes, 47 anos, lamentou ter perdido a casa onde a família morava e que ficou totalmente destruída:

Vimos o que levamos 10 anos para construir ruir em 10 minutos.

Uma onda de solidariedade se espalhou entre os vizinhos que acolheram desabrigados e foram ajudar quem perdeu tudo ou quase tudo com o temporal. Muitas casas foram cobertas por lonas.

Só deu tempo de eu e a minha mulher nos taparmos com uma coberta grossa. Eu sentia as camadas de gelo nos meus pés. Fiquei machucado pelas pedras que caíram nos meus braços e no meu rosto e pelos escombros de uma das paredes da casa, que caiu conta José Noronha, 72 anos, que chegou ser hospitalizado, mas foi liberado ainda ontem.

Segundo a Base Aérea, os ventos mais fortes registrados em Santa Maria, ocorreram às 21h40min e foram de 68km/h.

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