Morador conta como foi socorrer menino atropelado por caminhão; confira imagens do acidente

Maurício Barbosa

Morador conta como foi socorrer menino atropelado por caminhão; confira imagens do acidente
Rua Branca, no Bairro Noal, onde ocorreu o acidente. Fotos: Eduardo Ramos (Diário)

A quarta-feira (11) foi marcada por muita tristeza e comoção para familiares e amigos de Denisson Teylor de Paula Charão, 5 anos. O menino morreu no início da madrugada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) após ser atropelado por um caminhão que fazia entregas no Bairro Noal, onde a criança morava e brincava com os amigos. Testemunhas do acidente contaram a reportagem como tudo aconteceu. Teylor será sepultado às 9h de quinta-feira no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.

Filho caçula de nove irmãos, o menino adorava brincar na rua. Foi o que contou a irmã Fabiele, 26 anos. Segundo ela, Teylor ia na creche há pelo menos dois anos:

– Ele vai na creche, mas agora está em férias, daí ele ficava brincando com os outros meninos da rua. Ele gostava muito de brincar.

Uma residência próxima ao local do acidente possui sistema de videomonitoramento e pelo menos, uma das câmeras teria gravado o momento. Nas imagens, é possível ver o caminhão passando pela rua em baixa velocidade, o menino atravessando de um lado para o outro da rua e, quando o caminhão se aproxima, ele se agarra ao veículo.

O que diz a polícia

Segundo o delegado Gabriel Zanella, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), responsável também pelos crimes de trânsito, o motorista dirigia em velocidade compatível com a via, não agiu com intenção de se envolver no acidente nem teve condições de evitá-lo.

“O guri ficou atirado na rua”

A reportagem foi até a Rua Branca na manhã de quarta-feira (11), onde aconteceu o fato e conversou com dois moradores que socorreram o menino logo após o acidente. Ambos têm filhos e se preocupam com os riscos que as crianças correm ao brincar na rua. Rochester da Fontoura, 32 anos, mora desde a infância no bairro. Ele estava sentado na frente de casa quando aconteceu o acidente.

– O caminhão passou, baixei a cabeça, mexi no telefone e no que eu olhei, o guri já estava rolando e ficou atirado na rua. Quando eu peguei ele no colo, ele me abraçou e me apertou tanto que as mãos ficaram marcas na minha camisa. Sai correndo, passei pelo motorista e disse que ele tinha atropelado o guri. Ele ficou pasmo. Fui até a esquina e o vizinho parou um carro. Colocamos ele no carro e só paramos no PA. Eu não dormi, levei os familiares dele no hospital, depois quando cheguei em casa me ligaram falando que ele tinha feito uma cirurgia e estava bem. Daí pouco depois da meia-noite ligaram novamente falando que ele tinha morrido. Eu não consegui falar quando cheguei no PA. Depois do acidente, o motorista foi até lá. Ele não viu o menino – conta Fontoura.

Ele conta que, após o acidente, conversou com o filho sobre os perigos.

– Eu tenho filho e meu filho tem 6 anos. Eu converso com ele e explico – diz o morador.

O morador Weslei Soares conta que o acidente aconteceu bem na frente da casa dele, mas que ele estava dentro da residência. Conforme o morador, Teylor brincava com seu filho e com outras crianças da rua no momento do atropelamento. Após perceber a gravidade do ocorrido, ele correu até a esquina ao lado de Rochester, onde abordaram um carro e pediram socorro.

– Eu cheguei do serviço, peguei o meu filho que estava aqui perto e o gurizinho (Teylor) veio logo atrás. Eu entrei e fui tomar um café, quando ouvi o Rocherter gritar. Daí sai aqui fora. Não tem explicação. Com criança, a gente olha para um lado e eles já estão em outro lugar – diz Soares.

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