Caso Kiss

Ministério Público faz 43 acusações por falsidade ideológica e falso testemunho

Lizie Antonello

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O Ministério Público de Santa Maria apontou 37 pessoas em uma nova denúncia com 43 acusações, na manhã desta sexta-feira, referente ao caso da boate Kiss. A maioria das pessoas foi denunciada por crime de falsidade ideológica porque teriam contribuído para fraudar a consulta popular exigida pela prefeitura para abertura do estabelecimento.

O MP denunciou sete pessoas diretamente ligadas à casa noturna _ Elissandro Callegaro Spohr, Tiago Flores Mutti, Santiago Mugica Mutti, Cíntia Flores Mutti, Élton Cristiano Uroda, Alexandre Silva da Costa, Eliseo Jorge Spohr _ por falsidade ideológica por causa da fraude no documento.

Outras 27 pessoas foram denunciadas também por falsidade porque assinaram a consulta aprovando a abertura, mesmo não morando nos arredores da boate.

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A denúncia, assinada pelos promotores de Justiça Maurício Trevisan e Joel Oliveira Dutra, tem por base o inquérito policial entregue à Justiça em julho deste ano. O inquérito investigou possíveis irregularidades no processo de obtenção dos alvarás de funcionamento da casa noturna junto à prefeitura.

Também nesta sexta-feira, o MP fez uma espécie de mudança na denúncia por falso testemunho oferecida em abril do ano passado. Segundo o MP, Élton Cristiano Uroda e Volmir Astor Panzer, cometeram crime de falsidade ideológica _ antes, eles foram denunciados por falso testemunho.

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A nova denúncia incluiu como acusados por falsidade ideológica, Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Tiago Flores Mutti, Cíntia Flores Mutti, Alexandre Silva da Costa, Ângela Aurélia Callegaro, Eliseo Jorge Spohr, Marlene Teresinha Callegaro. Para o MP documentos relativos à composição societária da boate comprovam o crime.

Jáckson Heitor Panzer foi incluído na denúncia por falso testemunho por ter negado participação de Eliseo, seu patrão, na sociedade.

No total, entre denúncia e mudança na denúncia anterior, foram acrescentadas acusações novas contra 43 pessoas.

Por fim, os Promotores de Justiça promoveram arquivamento quanto aos indiciamentos, por crimes contra a Administração Ambiental, referentes a Alexandre Silva da Costa, Tiago Flores Mutti, Cristina Gorski Trevisan, Marcos Vinícios Ramos Moraes, Carlos Alberto Souza Buzatti e Luiz Alberto Carvalho Júnior.

Os promotores arquivaram também por crime de fraude processual no tocante a Elsa Maria Prola. Arquivaram, ainda, por crimes de falso testemunho, quanto a Volmir Astor Panzer e Luciane Flores Prestes, e por crime de falsidade ideológica, para Cristina Gorski Trevisan.

Também foi requerido encaminhamento ao Juizado Especial Criminal de Santa Maria de cópia de parte do inquérito policial e da certidão de antecedentes criminais do ex-secretário de Meio Ambiente, Luiz Alberto Carvalho Júnior, para análise no tocante ao indiciamento pelo crime de prevaricação.

Com informações do Ministério Público

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