Negociações
Conforme a nota emitida pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que representa os médicos nesta ação, em uma reunião anterior, “chegou-se a um valor minimamente acima do já praticado”. Porém, “os profissionais decidiram em AGE virtual (Assembleia Geral Extraordinária) na noite de segunda-feira, de forma unânime, por reprovar a proposta e de extinguir com prestação dos serviços”.
O sindicato reitera que o encerramento do serviço prestado no hospital deve seguir o processo legal de comunicação junto ao Ministério Público (MP) e do Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremers), além da direção hospitalar. Até agosto de 2022, foram realizados 162 partos na maternidade, que é de média complexidade.
Ao Diário, a direção do Hospital Dr. Victor Lang afirmou que foi atendida a maior parte das demandas médicas e que continuará em negociação com os profissionais até sexta-feira (21). Caso não haja mudança na decisão, a instituição irá emitir um posicionamento oficial sobre o caso.
Entenda o caso
Após o corpo obstétrico do Hospital de Caridade Dr. Victor Lang ser alvo de apurações do Ministério Público (MP) devido uma série de denúncias sobre violência obstétrica em junho deste ano, o Simers apurou as condições de trabalho dos profissionais.
De acordo com o presidente do Simers, Marcos Rovinski, a remuneração dos médicos seria de R$ 30 a R$ 40 por hora trabalhada e em que determinadas situações, os profissionais já teriam trabalhado sem insumos ou sem o auxílio de outros médicos no centro obstétrico.
Desde a entrega dos pedidos de demissão dos cinco médicos obstetras ao Hospital de Caridade Dr. Victor Lang, negociações foram realizadas para evitar a descontinuação do serviço de assistência a mães e bebês do município. O processo durou cerca de três meses. Neste período, duas prorrogações dos avisos prévios por parte dos obstetras foram feitas, a pedido dos municípios.
Arianne Lima – [email protected]
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